O deputado estadual Capitão Assunção (Patriota) requereu do governador Renato Casagrande (PSB) a justificativa de interesse público para a compra dessas iguarias para a residência oficial, sobretudo em plena pandemia de Covid-19 e com lockdown decretado. 

Capitão Assunção também questionou o fato da compra de lagostas, camarões, peixes nobres e outros ter ocorrido por meio de dispensa de licitação, através de contrato emergencial. A compra foi feita no final de 2020 para abastecer a geladeira no de 2021.

Além disso, o deputado quer saber por que esse edital para compra de frutos do mar saiu do ar no site do governo capixaba (www.compras.es.gov.br). Ele alegou violação às regras de transparência e publicidade.

O próprio parlamentar tentou acessar o documento e não conseguiu. O edital das lagostas saiu do ar após a primeira reportagem da FOLHAES revelando com exclusividade as compras de picanha, sorvete e outros alimentos de primeira classe com dinheiro do contribuinte para a residência oficial de Renato Casagrande. 

O jornal também questionou o desvio de finalidade de tais aquisições, ou seja, a ausência absoluta de interesse público. Isso é ilegal e permite investigação por atos de improbidade administrativa contra o Governador Capixaba e responsáveis pelas compras abusivas. A FOLHAES já denunciou o fato aos órgãos competentes.

Os editais foram publicados ao final de 2020 para o ano de 2021. Duas empresas foram contratadas e recebem dinheiro público mensalmente para abastecer a residência oficial da praia da Costa em 2021 com esses alimentos de primeira qualidade. No paralelo, tem capixabas morrendo, infectados com vírus do Amazonas. Com fome e impedidos de trabalhar para colocar alimento na mesa da família.


Deputados do PSB, partido de Casagrande, denunciam na PGR gastos milionários de militares com picanha e outros

Deputados do PSB na Câmara protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra gastos milionários das Forças Armadas com picanha, carvão, bacalhau, salmão, filé mignon e outros. 

No documento, endereçado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, os parlamentares alegam que foram adquiridos cortes de carne nobre e cervejas especiais. O documento é assinado pelos deputados dos Elias Vaz (PSB-GO), Alessandro Molon (PSB-RJ), Denis Bezerra (PSB-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Bira do Pindaré (PSB-MA) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG). 

“A compra desse produto não é crível em tempos de crise financeira, uma vez que este não é um corte para se comer no dia a dia diante de sua especialização e preço”, escrevem os deputados do PSB autores do documento.

“Enquanto milhões de brasileiros sofrem com os efeitos trágicos da pandemia nos campos sanitário e financeiro, nossos militares consomem cortes nobres como a picanha e tomam cervejas, algumas especiais”, criticam os parlamentares.

O levantamento utilizou informações do Painel de Preços do Ministério da Economia, a mesma ferramenta pública que revelou as compras milionárias de leite condensado. 

Não se quer afirmar que os militares não podem comer carne, afirmam os parlamentares, mas de questionar “o grau de sofisticação empregado” nas compras de cortes nobres e específicos. “O episódio narrado nesse item revela que houve ostentação e os privilégios direcionados para alguns, conduta que destoa do discurso de humildade e simplicidade usado pelo Presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.”

Os argumentos da denúncia dos deputados do PSB Nacional obviamente se aplicam ao caso do Governador Renato Casagrande, do mesmo partido. Há desvio de finalidade nessas compras abusivas e ilegais diante da ausência de interesse público, configurando ato de improbidade administrativa e crimes contra o erário.

Com informações do Congresso em Foco e do Estadão (SITE DO PSB NACIONAL)

 


* Leia o requerimento do Deputado Capitão Assunção

 

- Casagrande faz lockdown e pede sacrifício, mas tem dispensa cheia de picanha a sorvete

 

- Depois de picanha a sorvete na casa do Governador, edital de lagosta e camarão VG sai do ar


O TCU (Tribunal de Contas da União) também decidiu abrir investigação para apurar possíveis irregularidades na compra de alimentos pelas Forças Armadas. A representação, feita em 11 de fevereiro, é de autoria do deputado Elias Vaz (PSB-GO). Entre os itens comprados pelos militares estão cerveja, picanha e carvão vegetal, usado para churrasco.

Eis a íntegra do documento.

O processo vai catalisar outras 5 ações que tratam do tema que hoje tramitam no TCU e que envolvem questionamentos a respeito da compra de itens alimentícios pelo governo federal.

SITE 360


Casagrande e sua esposa Virgínia desfrutam das iguarias de primeira qualidade conforme descreve o edital

 

TRECHOS DA DENÚNCIA DO PSB NACIONAL

 



CHARGE DO INSTITUTO LIBERAL DO ESPÍRITO SANTO (ILES) RETRATA O CENÁRIO QUE SE NÃO FOSSE TRÁGICO SERIA CÔMICO