O Deputado estadual Sérgio Majeski (PSB), do partido do governador, pede apuração sobre pen drive que pode revelar corrupção no governo e vira alvo de comissionados e da milícia digital do aparelho estatal.

Ricardo Pessanha, braço direito de de Tyago Hoffmann, foi um deles. É cargo comissionado da Secretaria de Governo, atuando como Sub da pasta, sendo operador de Hoffmann. 

Visivelmente transtornado, partiu para cima de Majeski nas redes sociais. Interpelou o parlamentar sobre seu pedido de apuração e recomendou que o parlamentar ele deixasse o partido. 

Esse cargo comissionado parece estar preocupado com a denúncia do deputado estadual. E não tem autoridade para se dirigir assim ao parlamentar, que é uma reserva moral do Parlamento Estadual. Mostrou desespero por algum motivo que as investigações vão revelar ou não.

Em resposta, o parlamentar disse que não entendia essa agressividade pelo fato dele estar exercendo sua função de fiscalizar. Pedir apurações de irregularidades  que é parte da atividade legislativa.

E afirmou que esses ataques o levam a crer que há coisa errada nessa licitação milionária do DETRAN sobre o cerco eletrônico estadual. 

Ricardo Pessanha já foi citado em gravação ambiental divulgada pela FOLHAES na campanha eleitoral de 2020, como operador do grupo de Hoffmann na área de tráfico de influência, conforme áudio do então candidato a prefeito de Guarapari, Gedson Merízio.


Veja o print dos ataques do subsecretário, cargo comissionado do ex-Secretário de governo Tyago Hoffmann, atual secretário de ciência e tecnologia:

Em vídeo, o deputado Sérgio Majeski disse ainda que está sendo alvo dessa milícia digital do PSB nas redes sociais. É formada por sites pagos com dinheiro público e também por cargos comissionados. 

Isso ocorreu após Majeski enviar o material com o pen drive ao Ministério Público, para que o órgão investigue o direcionamento da licitação do cerco eletrônico e tome as medidas cabíveis.

A milícia digital já é conhecida e está sob investigação do MP. É formada por blogs, jornalecos e sites recém criados e sem credibilidade, financiados com dinheiro público dos cofres estaduais, da Secretaria de Comunicação e do DETRAN, sob comando de Flávia Mignone. Ela cuida de alimentar a milícia com dinheiro do contribuinte. 

Além disso, os cargos comissionados também integram esse sistema.

 

A milícia atua quando o governo do PSB é fiscalizado ou criticado.  Esse sistema é acionado para atacar adversários do governo e fazer a promoção pessoal do Governador Renato Casagrande e de seu grupo.

Majeski disse que está sendo atacado pela milícia digital por cumprir sua função de fiscalizar o dinheiro público, em uma licitação de R$ 139 milhões de reais, sob suspeitas.

Ele deixou claro que não é porque é do partido do Governador Renato Casagrande que vai impedir ele de exercer sua função fiscalizadora quando há suspeitas de irregularidades. Não acusou ninguém, só pediu investigação, segundo o parlamentar.

O deputado se convenceu de que há suspeitas graves no material e decidiu não se omitir, não prevaricar.

Veja o vídeo de Majeski veiculado nas redes sociais: