O deputado estadual Bruno Lamas (PSB)disse que o promotor de justiça do MP-ES, Rafael Calhau Bastos, ajudou o governo do ES a montar a licitação corrompida de R$ 139 mi do DETRAN. A fala de Bruno Lamas coloca o promotor de justiça em maus lençóis. Comprometedora.
Primeiro, porque o pen drive mostra claramente que o certame foi feito pela empresa Chinesa DAHUA, líder do Consórcio Vencedor "Pedras Verdes". Se com um promotor na mesa, o governo pega documentos prontos feitos pela DAHUA e só coloca seu timbre oficial, tem alguma coisa errada aí.
Segundo, porque a Constituição do país proíbe o Ministério Público de dar consultoria (artigo 129). Ou seja, o governo não pode ter assessoria de promotor, ainda mais para montar licitação direcionada. O MP fiscaliza o cumprimento das leis e da Constituição para defender sociedade.
Como membro da tropa de choque de Casagrande na Assembléia, o deputado Estadual Bruno Lamas errou feio ao desviar o foco do pen drive para colocar no promotor Rafael Calhau Bastos, afirmando ser ele co-autor da licitação direcionada.
Se falou isso pensando em maquiar as graves suspeitas do pen drive, acabou tapando o sol com a peneira, de forma infantil e perigosa, pois ainda acrescentou novo ingrediente explosivo ao escândalo: trouxe o promotor do MP para uma zona de dúvidas e questionamentos de sua atuação.
O pen drive tem provas inquestionáveis e irrefutáveis sobre a licitação "made in China". Seu conteúdo escandaloso já foi enviado por autoridades para o referido promotor de justiça 27ª promotoria de justiça cível do MP-ES, Rafael Calhau Bastos.
Ele vai ter que explicar se tomou bola nas costas ou se participou como consultor do governo e sócio da licitação direcionada, como quis fazer crer o deputado Bruno Lamas (PSB).
Essa licitação criminosa de R$ 139 milhões é um cartão de visitas do novo crime organizado ressurgindo no Espírito Santo, formada por agentes públicos e privados atuando dentro do Governo, todos autorizados pelo Governador Renato Casagrande (PSB).
A denúncia do pen drive é clara ao se referir a uma propina de R$ 40 milhões para todos eles.
Por fim, cabe lembrar que esse serviço milionário não é essencial nem prioridade neste momento de pandemia, que mata 100 pessoas por dia no Espírito Santo, em um total de quase 8 mil mortos. É que já matou mais de 330 mil brasileiros, atingindo o pico de 4 mil por dia.
Com os R$ 139 milhões de reais da licitação direcionada do Governo, Renato Casagrande compraria quase 8 milhões de vacinas e vacinaria a população do Espírito Santo por três vezes.
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