O filho Emerson Silva de Oliveira é o dono da 7LAN. A mãe, Zuleika de Oliveira é dona da MFNET. Ambas tem o mesmo engenheiro e participam juntas dos certames, simulando concorrência, como apurou PF em inquérito sigiloso.

,A mãe é uma senhora, sem nenhuma formação técnica ou empresarial, sendo uma laranja do filho. É sustentada por ele.

A empresa MFNET, colocada em nome dela, foi criada por Emerson apenas para fazer a sua cobertura em licitações, favorecendo a 7LAN.  

Assim, as duas empresas participam de licitações no Espírito Santo, simulando uma concorrência, mas na verdade é a mãe ajudando o filho, que a sustenta. 

Isso mesmo: Emerson Silva de Oliveira, o dono da 7LAN, usa a empresa em nome da mãe, Zuleika Silva de Oliveira, chamada MFNET, para organizar o conluio nos certames. 

Participam juntos, adotando a prática ilícita de cobertura, que consiste em simular uma falsa concorrência entre eles. Isso é crime previsto na lei de licitações e também ato de improbidade administrativa.

Ou seja, a bem da verdade as duas empresas são de Emerson: a 7LAN é dele de direito e a MFNET é dele de fato, pois está em nome de laranja. A mãe Zuleika de Oliveira é a proprietária de direito desta última, porém de fachada.

Esse conluio tem ocorrido na Prefeitura de Vitória desde 2010 para Emerson Silva ganhar as licitações com a 7LAN ou com a MFNET, levando milhões em contratos públicos. 

O Delegado Federal Eugênio Ricas, quando Secretário de Controle e Transparência do Governo passado já conseguiu punir manobras desse tipo, inclusive identificando, em certas situações, que empresas em conluio utilizam o mesmo IP, a mesma rede de internet. 

Empresa da Linha Verde em Vitória  investigada por corrupção

Isso pode ser averiguado pela Prefeitura de Vitória (PMV), através de uma investigação de controle interno. O Secretário de Segurança municipal, delegado Ícaro Ruginski, poderia usar seus conhecimentos para confirmar esse fato e proteger a PMV de más práticas. 

Ademais, se não bastasse o conluio simulando concorrência, muitos pagamentos foram feitos à 7LAN sem que o serviço fosse efetivamente prestado, como é o caso do recebimento de R$ 1 milhão de reais do projeto da Linha Verde, por serviços de videomonitoramento que nunca funcionaram. Fato descoberto pelo Secretário de Trânsito da atual gestão Alex Mariano. 

 

Há também a suspeita de pagamentos de propina pela 7LAN a agentes políticos, conforme apura o referido inquérito policial sigiloso em curso na Polícia Federal. 

 

E há suspeitas de que isso ocorreu na Prefeitura de Vitória, na gestão anterior, especificamente na Secretaria de Trânsito, que estranhamente não fiscalizou e sequer importunou a empresa antes de autorizar o pagamento de R$ 1 milhão de reais por câmeras da Linha Verde que nunca funcionaram. Alguém da PMV levou vantagem indevida. Isso é fato.

A FOLHA espera as providências do Secretário de Segurança Municipal, o delegado de polícia Ícaro Ruginsky.