O nepotismo foi feito para facilitar o rachid dos salários de Suzi Barbosa, chefe de Gabinete da senadora Rose de Freitas (MDB) e Leandro Barbosa, seu esposo, casal de comissionados no mesmo gabinete em Brasília. Tudo dentro de casa.

Ambos ganham super salários idênticos de R$ 22.943,73, cada um, pagos pelo Senado. Além do ticket de alimentação de mais de R$ 1.000 mil reais mês. A cena é a cara do Rachid. Bizarro até para os padrões de impunidade da velha política. 

A Senadora simplesmente atropelou as regras anti-nepotismo para praticar o crime dentro de sua zona de confiança. O casal Barbosa, Suzi e Leandro, já foram identificados como operadores de Rose de Freitas pela PF e pelo STF.


STF manda investigar rachid de Rose com três servidores que ganham R$ 68.831 mil reais por mês


 

Por isso, também foram alvos na operação Corsários da PF, deflagrada contra a Senadora por roubar dinheiro público da Codesa para pagar despesas pessoais, faturas de cartões de crédito, boletos de imóveis de luxo em bairro nobre do Rio de Janeiro de frente para o mar na Barra da Tijuca e aluguéis da filha Giulia de Freitas na cidade carioca.

Suzi e Leandro foram alvos de interceptações, busca e apreensão e bloqueio de bens pela descoberta de e-mails e comunicações organizando o esquema de corrupção da Senadora capixaba com seu irmão Edward de Freitas e seu primo-assessor Ricardo Saiter Mota. 

CASO CODESA

São ex-comissionados da Codesa e foram presos na Operação Corsários da PF por ordem do Ministro do STF Kássio Nunes Marques. Rose nomeou o primo Ricardo Saiter em seu gabinete de Brasília, também atropelando as regras éticas anti nepotismo, para não deixá-lo no sereno após a prisão, evitando que falasse demais, optando por uma delação. 

No entanto, a Senadora culpa o primo pelos esquemas de corrupção, defendendo a si própria e ao irmão preso como vítimas da delinquência de Saiter, nas palavras dela.

Rose escancara o que há de pior no quadro dantesco de Brasília. Ela envergonha o Espírito Santo com enriquecimento ilícito e desvio de dinheiro público, o que ocorre desde quando era Deputada Federal por quatro mandatos. 

A Senadora vários imóveis de luxo no Rio, Vitória e Vila Velha pagos com dinheiro do contribuinte. Seu custo de vida mensal ultrapassa R$ 70 mil reais, mas seu salário é de R$ 30 mil. Não tem atividade privada nem herança, ou seja, sempre viveu de política.

A Ministra Carmen Lúcia do STF deu decisão inédita no dia 28 deste mês e mandou a Procuradoria Geral da República (PGR) investigar o rachid, abrangendo o mesmo esquema da Senadora quando passou pela Câmara dos Deputados. 

A investigação vai abranger o enriquecimento ilícito com dinheiro público e outros crimes da Senadora, alvos de duas relações premidas de Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e seus operadores, que alegam ter pago mais de R$ 2 milhões entregues em mãos a ela e sua filha Giulia dentro de um shopping em Vitória.

O mercado político já considerava a Senadora carta fora do baralho antes mesmo de ser alvo da operação de combate à corrupção. Hoje, Rose teria dificuldades de se eleger até para deputada estadual. Não disputará o Senado, em busca de sobrevivência, até porque vive financeiramente de política. 

Não tem profissão. E é questão de tempo perder os imóveis comprados com dinheiro público em seu nome e de terceiros, hoje alvos de bloqueio judicial e outros já sendo mapeados pela justiça. A FOLHA já tem a relação.

Agora, a preocupação da Senadora Capixaba é maior que isso: não ser presa junto com familiares e assessores comissionados. Há robustez de provas contra ela e seus esquemas, devendo seu entorno ser alvo de novas operações da Polícia Federal, inclusive no Espírito Santo. A PF no Espírito Santo promete surpresas.