O vereador Sérgio Camilo Gomes (PRTB) ingressou com notícia-crime no Ministério Público Estadual em face dos ex-prefeitos Helder Salomão (PT) e do Geraldo de Luzia de Oliveira Júnior, conhecido como Juninho (Cidadania), por cometerem ilícitos na aplicação de legislação do magistério quebrando a Lei de Responsabilidade Fiscal, produzindo uma passivo de R$ 40 milhões para a atual gestão do prefeito Euclério Sampaio (DEM).

A situação anômala em discussão diz respeito a dispositivo de 45 dias de férias enquanto deveria ser , como corrigido por novo projeto de lei, 30 dias de férias, somados 15 dias de recesso. O vereador denuncia que os ex-prefeitos cometeram atos dolosos com efeito cascada de incorporação salarial de 1/3 além da observância legal do equilíbrio fiscal do Município. Sérgio Camilo entende que os ex-prefeitos sabiam da discrepância sucessória. O mais espantoso: Helder é autor da Lei que gerou esse passivo, mas não pagou um centavo e muito menos seu sucessor Juninho. Como diz o ditado, "pimenta nos olhos dos outros é refresco". Seria cômico se não fosse trágico.

Na concepção do parlamentar tanto o Município quanto o Corpo Docente foram enganados por "politicagem" do petista que autorizou a incorporação para valores integrais, sabendo da incapacidade do erário. A Câmara atual, segundo ele, corrigiu o desajuste com projeto de lei dentro do padrão constitucional, exigindo a responsabilização dos ex-prefeitos sobre quase R$ 40 milhões pleiteados recentemente pelo Sindicato de Servidores Municipais de Cariacica.

No campo hipotético, ainda que desejasse cumprir a lei anterior - sem responsabilidade fiscal - , quem estaria cometendo crime de improbidade seria o atual gestor, passível da perda de mandato. A denúncia foi encaminhada ao presidente do Tribunal de Contas com demonstrativo do ilícito gerado desde 2007 pelo governo petista