Já está ficando feio, com viés de crime, a relação da cúpula do Ministério Público estadual e o Poder Executivo. Além de todas as benesses questionáveis conquistadas em período recente - como concessão de centenas de cargos comissionados - , o Diário Oficial de ontem, 18, sai publicação, autorizando ao MP-ES cerca de R$ 37 milhões de verbas suplementares. Um dia após a promotoria intimar o prefeito de Vitória-ES, Lorenzo Pazolini (Republicanos) para explicar denúncia de corrupção praticada na gestão do governador Renato Casagrande (PSB).

O governador do Espírito Santo e seus aliados são poupados de constrangimentos da investigação do Ministério Público por conta dessa "parceria" nefasta em desfavor do contribuinte capixaba. Os denunciantes do Governo do PSB no MP entram com pedido de providências à Procuradora Geral, Luciana Andrade, saem como denunciados em rito quase sumário.

É o "cão de guarda" do governador Renato Casagrande que descobriu nessa fragilidade de atribuição sua melhor defesa e sem maior potencial de ataque e destruição de honra dos seus detratores políticos. Uma arma desproporcional às condições normais comparada a qualquer parâmetro do contraditório. Massacra a Liberdade de Expressão. Está fora do marco civilizatório.

NÃO É COINCIDÊNCIA

Quem conhece a forma de atuar da ala diretiva do MP, faz de tudo para provocar a esfera federal que não tem controle estatal fascista como se assiste. R$ 37 milhões de verbas suplementares em pleno período eleitoral e no instante em que explode uma bomba de escândalo pela fala do prefeito de Vitória , Lorezon Pazolini. Considerado o pior Ministério Público do Brasil em transparência, essa linha de atuação de valores invertidos  vão chegar até ao "barqueiro do Inferno de Dante". 

Pazolini denuncia e no mesmo dia, sábado, 14, a Procuradoria Geral do Estado já marginaliza o discurso do prefeito e e intima-o, como se de fato tivesse interesse em ouvir o denunciante e tomar providências em face dos acusados. Por R$ 37 milhões faz-se o "diabo" com a reputação de todos adversários do governador, despudoradamente. Depois que essa turma passar, os sucessores devem fazer uma auditoria rigorosa nos processos céleres e engavetados dentro dessa ponderação de poder a qualquer custo.