A reportagem da FOLHA foi usada de forma desvirtuada para desviar atenção das denúncias de corrupção no governo estadual feitas pelo Prefeito de Vitória e produzir falso vitimismo com palanque eleitoral.

Essa técnica antiga de comunicação da velha política serve para distrair, enganar e se vitimizar. O eleitor é manipulado por uma situação artificial, que distorce as palavras com uma narrativa demagoga. E o cidadão vira um joguete na mão da fisiologista e arcaica.

No caso da expressão "vira lata" do poeta Nelson Rodrigues usada pela FOLHAES, as milícias digitais do governo Casagrande, formadas por blogs e sites recém criados e sem credibilidade, pagos pelos cofres estaduais , espalham a versão de Casagrande e da vice Jaqueline para gerar comoção social. O texto sai pronto da área de comunicação do governo e as milícias só repetem. 

 

Essa técnica de comunicação já foi usada em vários momentos da história brasileira, por políticos da pior espécie. Até no filme "o bem amado", com o folclórico político Odorico Paraguassu, na fictícia cidade de Sucupira, se mostrou bem essa técnica de comunicação.

Para o leitor perceber como é cínica essa manipulação, imagine hipoteticamente Casagrande como governador no lugar de Pôncio Pilates na época de Jesus Cristo: se ele ouvisse Jesus dizer que "não iria jogar pérola aos porcos", diria que Cristo chamou o povo de porco, incendiando a multidão contra ele. 

Não se deixe enganar o leitor. Este jornalista que assina a matéria tem mãe, esposa, filha e duas netas, sendo que jamais atentaria contra a dignidade e valor das mulheres, ainda mais contra afrodescendentes. Até pela sua formação civilizatória, cristã e boa educação materna, pois criado só pela mãe, sem pai, que era negro. Tanto que na certidão de nascimento este jornalista consta como pardo. Em 40 anos de jornalismo, nunca foi vítima desse tipo de fake news, só por Casagrande e seu grupo.

Nelson Rodrigues não chamou o brasileiro de "vira lata", no sentido literal. Fez uma provocação ao usar a expressão. Jesus Cristo não chamou o povo de porco ao dizer que "não jogaria pérola aos porcos". 

A Revista ISTOÉ chamou o Presidente Bolsonaro de promíscuo e fez uma capa colocando-o como nazista, vestido de Hitler. O Jornal Antagonista chamou o ex-presidente Lula de promíscuo. A charge de famoso jornal Francês na coluna de CHARLIE HEBDO desenhou o profeta Maomé praticando atos libidinosos. Todos esses casos são análises e provocações  jornalísticas próprias da democracia, que não podem ser lidas ao pé da letra, exceto por xiitas e oportunistas.

Só Casagrande e seu bando são capazes da perversão de interpretar essas palavras e análises de forma literal, por falha de caráter, oportunismo eleitoral ou flagrante limitação intelectual (nesse último caso, não à toa são desempregados fora do governo, inclusive o governador).

Mas se todo esse carnaval em cima da expressão "vira latas" do poeta Nelson Rodrigues não for uma técnica de comunicação da velha política para desviar o foco das denúncias de corrupção no governo estadual feitas pelo Prefeito da Capital Lorenzo Pazolini, pode ser mesmo que Casagrande seja o Odorico Paraguassu do Espírito Santo e o jornal esteja de fato exigindo muito dele.