Sem potencial para disputar as eleições 2022, o ex-senador Ricardo Ferraço (PSDB), que já foi vice no Governo de Paulo Hartung, se apequena e volta à mesma posição para formar chapa com o governador Renato Casagrande (PSB). Para quem era promessa há duas décadas de assumir a cadeira no Palácio Anchieta, c=saiu da condição de "flor" para "tiririca de brecho". 

Desde quando o DEM saiu para Rede Brasil, tomado pelo Felipe Rigone, Ricardo Ferraço se socorreu na nacional para tomar o PSDB do ex-vice governador César Colnago, também em outro mandato de Paulo Hartung. Tinha que obter capital para conseguir realizar sua ambição de ser o vice de Casagrande.

O governador está feliz com a dobradinha. Considera o pretendente a vice representativo numa faixa elitizada que ele não alcança, além de mostrar uma majoritária mais vistosa aos olhos dos capixabas, já que a vice Jacqueline Moraes, ex-vereadora de Cariacica, está no cargo como origem de desdenho do socialista ao quadro eleitoral da época. Nem consultou aliados. 

O pai, deputado estadual, Theodorico Ferrçao (PP), baixou o tom de criticas ao governador desde que teve de deixar o tem para o partido aliado do PSB no ES, o PP, Ele contava, também, com seu filho sendo acolhido pelo socialista. A composição ajuda a salvar a Norma Ayub, deputada federal pelo PP, contudo com risco, o que pode levá-lo a desistir da reeleição.  Uma linha de pensamento no mercado político.

Por falar em Palácio Anchieta, o novo filiado do PSDB, Marcelino Fraga, levou Cesar Colnago, do PSD, traído pelo Ricardo, ao encontro do Governador Renato Casagrande. Colnago não quer tocar no assunto e nem sobre essa agenda obscura e incongruente. 

Ferraço amansado. Casagrande santificado. E Ricardo Ferraço reintegrado ao mais do mesmo.