O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) converteu a prisão em flagrante de Amanda Quinta Rangel, prefeita de Presidente Kennedy, em prisão preventiva. A audiência de custódia durou uma hora, das 10h às 11h, e aconteceu na manhã desta sexta-feira (10) na sede do Tribunal, na Enseada do Suá, em Vitória.

 

Ela foi presa na quarta (8) durante a Operação Rubi. Em sua residência, os policiais encontraram cerca de R$ 30 mil em dinheiro. O valor seria o pagamento de propina feito por um empresário do ramo da limpeza. O dinheiro, segundo investigações do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), é uma contraprestação a benefícios financeiros em licitações e contratos.

 

O companheiro da prefeita, José Augusto de Paiva, também foi preso. De acordo com o promotor, era ele quem de fato administrava a cidade e também se preparava para disputar a prefeitura nas eleições do ano que vem.

 

Segundo o subprocurador geral de Justiça Judicial do MPES, Josimar Moreira, as suspeitas de que Amanda recebia propina foram confirmadas. "Todas as provas acarreadas aos autos confiram o recebimento de propina por parte da prefeita", destacou ele. 

 

Segundo MPES, a prefeita de Presidente Kennedy recebia mensalmente visitas de um empresário do ramo de limpeza urbana em sua residência para pagar propina.

 

O último desses pagamentos aconteceu na quarta (8), quando o empresário Marcelo Marcondes foi preso na residência da prefeita. Antes de ir à casa de Amanda, ele passou no banco e sacou o dinheiro para efetuar o pagamento.