A Câmara Municipal de Brejetuba, na região Serrana, montou uma comissão processante para apurar denúncias que foram protocoladas contra o prefeito João do Carmo Dias (PV). A denúncia foi apresentada por um cidadão, baseada na prisão do prefeito, em maio do ano passado, durante a greve dos caminhoneiros, após efetuar disparos no meio dos manifestantes.
 

Segundo o presidente da Casa de Leis, Leandro Santana (PRB), a denúncia foi protocolada na última segunda-feira (20) e aceita durante a sessão desta terça-feira (21). Além da prisão, a denúncia também citou um prédio do prefeito que estaria fora do que prevê o Plano Direto Municipal (PDM).
 

"Foi sorteada uma Comissão Processante (CPI) para apurar essas denúncias e, de acordo com o regimento, se a Câmara acatar a denúncia, ele pode ser afastado. Os procuradores irão analisar como deve proceder com o caso", explicou Leandro.
 

Por telefone, João Lourenço, como é conhecido, disse que ainda não foi notificado pela Câmara.

"É uma denúncia política, é uma coisa pessoal e não envolve a prefeitura. Um cidadão que não conheço que formalizou a denúncia, ele nem estava no meio da confusão no dia", explicou.
 

O CASO



O prefeito de Brejetuba foi preso após uma confusão em um ponto de manifestação de caminhoneiros, na BR 262, no dia 27 de maio de 2018. João Lourenço teria atirado em direção a um ônibus, que furou um bloqueio da greve dos caminhoneiros, perto da divisa com Minas Gerais.
 

Na época, a Polícia Civil do município informou que João Lourenço estava com amigos participando do protesto dos caminhoneiros, quando se irritou com um ônibus que não parou no ponto de bloqueio. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que apontou que ele estava embriagado, e foi autuado por embriaguez ao volante. Ninguém ficou ferido.
 

O processo está na Justiça e uma audiência está marcada para julho deste ano