A 2ª etapa da operação endosso, deflagrada pela PF e Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO) para combater rachid e corrupção do Vereador de Vila Velha Osvaldo Maturano atingirá outros alvos, agora em Viana.

O Vereador Solivan Abel Thomas (Solivan Feirante), conhecido como "Bagulho Doido", e seus irmão Leandro Luiz Thomas e Marcos Thomas já estão sob investigação e devem ser alvo recente da Operação Endosso 2. 

A esposa de Leandro Elida Batista de Oliveira, seu filho Arthur Oliveira (enteado de Leandro Thomas), a mãe Odete Volkers e o pai, todos laranjas da organização criminosa, estão sob investigação. Todos esses nomes foram usados como laranjas em transações imobiliárias, movimentação de dinheiro ilícito em contas e abertura de empresas de fachada como a SuperKit (Casa de Carnes Canaã).

O caso envolve rachid, corrupção, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, agiotagem, negócios com o tráfico e fraudes milionárias em empréstimos do Banco do Brasil. O irmão Leandro Thomas é visto como o chefe da organização criminosa.

As investigações contra eles estavam em curso, mas ganharam outra dimensão quando Solivan Feirante viralizou áudio nas redes sociais delatando abertamente rachid e corrupção na Câmara de Viana e na Prefeitura. Solivan contou detalhes do esquema do qual participava com Leandro, insatisfeitos com as repartições de cargos e propinas. 

Visivelmente desequilibrado e transtornado, o Vereador Vianense fez ameaças físicas e de delação premiada, usando a célebre frase que tomou conta das redes sociais: “o bagulho vai ficar doido. Vereador Solivan vai andar com duas pistolas. Podem correr pra saia do Gilson e arranjar advogado. Ficam dividindo salário de funcionário. Corrupção e rachid ali é mato”. Ele se referia aos cargos e contratos na Câmara de Viana e na Prefeitura, com acusação clara de Rachid.

O irmão de Solivan, Leandro Luiz Thomas é o grande operador financeiro da organização criminosa: movimenta o dinheiro do rachid usando contas bancárias do enteado Arthur Oliveira, da esposa Elida Batista Oliveira, do irmão Marcos Thomas e dos próprios pais. Com esses mesmos nomes faz transações imobiliárias e abre empresas de fachada, como a SuperKit (Casa de Carnes Canãã), onde circula o dinheiro (CNPJ 16.665.591/0001-55). Essa empresa está em nome do enteado Arthur Oliveira e do irmão Marcos Thomas.

Credores alvos de fraude, como o Banco do Brasil são enganados por Solivan e seu irmão Leandro Luiz Thomas. Nos contratos de empréstimos milionários eles fraudam sua solvência (inventam que tem condições de pagar a dívida com documentos falsos de renda), dão endereço falso, fogem do oficial de justiça e distraem a cobrança judicial com seus nomes e empresas sem movimento bancário. 

Um exemplo é o chamado Postinho Vila Bar Ltda, executado em uma das ações de cobrança do BB. É um posto de gasolina de Leandro que dá alto desconto para pagamento em dinheiro, movimentando 35 mil reais diariamente em espécie, justamente para não entrar na conta bancária da empresa. Tudo isso para evitar a penhora do dinheiro por parte dos credores como o Banco do Brasil. 

A empresa que recebe todo o dinheiro da organização criminosa de Solivan e Leandro Thomas, inclusive do rachid e propinas, se chama a SUPERKIT (Casa de Carnes Canaã, CNPJ 16.665.591/0001-55).

Os renomados advogados do Banco do Brasil, Gustavo Rodrigo Goes Nicoladeli (OAB/ES 23.023) e Marcos Caldas Martins Chagas (OAB/ES 18353) estão sendo feitos de bobos pela organização criminosa nos processos nº 0003532-54.2017.8.08.0012; 0021479-58.2016.8.08.0012; 0000348-73.2017.8.08.0050; 0002761-76.2017.8.08.0012.   Somados os processos, o Banco do Brasil é vítima de golpe milionário do Vereador Solivan e de seu irmão, que supera a cada de R$ 1 milhão de reais.

ÁUDIO DO "BAGULHO DOIDO"