O juiz da 3ª Vara Cível de Vitória, Maurício Camatta, citado ontem na matéria intitulada "Marcelino Fraga sepultado na Justiça de Brasília", em contato com a redação, esclarece que "jamais tomei qualquer decisão em face do Diretório Nacional", referindo-se à intervenção do partido na sigla no Espírito Santo, no dia 20 de março deste ano.

"A briga deles é sobre intervenção. No nosso âmbito apenas se discute a situação entre o Diretório Regional e o Marcelino Fraga. A minha decisão foi de validar a Convenção realizada e foi confirmada pelo Tribunal de Justiça", assinala.

Maurício Camata esclarece que a sua decisão "estará valendo enquanto não for cassada no TJ-ES ou por instância superior". Segundo o magistrado, "a controvérsia lá em Brasília é totalmente diferente. Assuntos diferentes."

Sem citar nomes, o juiz disse que "eles vêm promovendo ataques pessoais de toda ordem com objetivo de afastar o juiz do processo", no caso, ele.  Camatta foi mais incisivo:  "com 30 anos de judicatura estou acostumado com esse tipo de conduta desleal. Jamais me nivelarei a eles, apenas me reservo no direito de deixar por conta de meu advogado as medidas cabíveis, cíveis e criminais."

O magistrado continua: "ali no processo em que serei parte, eu tenho voz e posso expor meus sentimentos. Aqui fora somente posso ver, ouvir e me calar. Encarar dentro da normalidade as críticas e ataques pessoais que sofrer, pela simples razão de entender que toda decisão é passível de críticas e elogios."

Também fez juízo de valor sobre sua posição quanto à liberdade de imprensa: "Caso procurem nos processos contra jornais e revistas, não encontrará uma única decisão minha que não defenda a liberdade da imprensa, com base no livre direito de informar, derivado do princípio da liberdade de expressão, de assento constitucional,", conclui.