Uma obra paralisada há vários anos em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, virou alvo do ativista Jonas da Silva Soprani, presidente do GADH (Grupo de Apoio aos Direitos Humanos), que cobra do prefeito Jones Cavaglieri uma explicação plausível para a não continuidade de tão importante obra.

 

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), quase R$ 5 milhões foram investidos para construir o Centro de Saúde do bairro Jequitibá, em Aracruz. No local, deveriam funcionar uma unidade de saúde, um centro de reabilitação e um centro de especialidades.

 

 

A construção está abandonada, servindo de esconderijo para bandidos e usuários de drogas, segundo denúncia de moradores. A obra, iniciada em governos anteriores, seria construída com dinheiro do Estado, cujo valor, segundo informações, foi repassado ao Município.

 

 

O secretário de Comunicação de Aracruz, Luciano Forrechi, não soube dizer o motivo do atraso, já que a obra passou por três administrações e também não deu prazo para que o centro de saúde fique pronto.

 

O Centro de Saúde de Aracruz, caso tivesse sido concluído, seria suficiente para atender à demanda não só do Município, como também de municípios vizinhos. “Essa irresponsabilidade de nossos administradores com os recursos públicos é vergonhosa. Isso não pode continuar assim”, disse o ativista Jonas Soprani.

 

“O prefeito está brincando com o dinheiro do povo. Por isso vou acionar o Município na justiça, para que ele explique onde foi parar o dinheiro enviado pelo governo do Estado para a construção dessa importante obra para a população”, acrescenta Jonas, lembrando que o serviço de saúde em Aracruz é precário.

 

 

“O Hospital São Camilo foi fechado pelo prefeito e só atende casos particulares. Ou seja, excluiu o povo mais carente do atendimento hospitalar, que no caso de necessidade tem que recorrer aos serviços precários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Vila Rica, que não resolve o problema”, finaliza.