O ex-deputado federal Marcelino Fraga e o deputado estadual , por decisão unânime da Executiva Nacional, ficam suspensos no MDB a partir de hoje (12) e seus processos de expulsão vão para a comissão de ética nacional para regular andamento.

A Executiva acolheu o parecer da comissão de ética nacional pelo afastamento e instauração do processo de expulsão.

A comissão de ética reconheceu, por unanimidade, desvios de conduta, insubordinação e abusos de de Marcelino Fraga e José Esmeraldo, na disputa pela eleição do diretório regional do MDB-ES.

Tudo ocorreu com patrocínio de forças externas do PSB, que buscavam capturar o MDB e com isso controlar todo o processo político-eleitoral do  Espírito Santo, forçando o partido virar balcão de negócios .

A interferência externa no partido por parte do Secretário de Governo do ES, Tyago Hoffman, que fez uso velado da máquina pública para controlar o partido com seu aliado Marcelino Fraga, resultou no efeito bumerangue político, com prejuízos ao governador Renato Casagrande (PSB) por chancelar a estratégia nefasta.

A invasão à sede do partido, as agressões contra filiados, o desrespeito às decisões nacionais e os tumultos judiciais ganharam dimensão inédita com apoio dessas forças externas. Foram definidos, tais atos, como "gravíssimos e irresponsáveis". Inéditos na história do MDB brasileiro.

A Executiva Nacional entendeu que esses atos afetaram gravemente a integridade, unidade e dignidade do partido no Espírito Santo.

A suspensão cautelar de 60 dias pode ser prorrogada por mais 60 dias, enquanto durar o processo de expulsão. Assim, Marcelino Fraga e José Esmeraldo ficam sem seus direitos estatutários, como se não fossem mais filiados do partido. A expulsão será uma consequência eminente.

O MDB, hoje, é dirigido por uma Comissão Nacional Interventora, designada pelo presidente Baleia Rossi, com Lelo Coimbra como Coordenador Político no Estado e representante oficial da sigla.