A Câmara de Cachoeiro de Itapemirim-ES vai criar uma Comissão Especial Para Monitorar a Violência no Interior Município, aonde o tráfico já espalhou sua semente e crimes brutais costumam acontecer, sem mencionar a violência doméstica que fica invisível nas estatísticas oficiais.

Ora, a notícia surpreende. Não porque é uma ideia esdrúxula ou de jeca. A iniciativa é ridícula pelo simples fato daquele Parlamento não exercer nem as suas atribuições inerentes aos mandatos dos seus habitantes. Legislar e fiscalizar, aquela velha regrinha de ensinar qual a função de um parlamentar.

Nunca existiu na história daquela Casa de Leis uma Comissão Processante contra um Executivo que, aliás, legisla mais, muito mais, do que o Legislativo. Isso indica duas visões sobre o tema: Todos os prefeitos que passaram perto das margens do Rio Itapemirim foram honestos ou os vereadores, na maioria, são farsantes no cumprimente do dever.

Bem, agora, então, chega a informação de que os edis vão monitorar violência no campo rural. De imediato, existem dois incompetentes por lá, representando o Executivo: o secretário do interior e ex-colega, Alexandre Bastos; e o secretário da Agricultura, Paulo Miranda, que precisam ser fiscalizados.

Propor-se a vigiar bandidagem, função da polícia, é motivo de chacota. Aliás, as forças policiais já conhecem todos os pontos de tráfico e criminalidade. Exterminar com essas células é que são elas. E os crimes fúteis, ao ver de qualquer especialista, não são rastreáveis com o Estado ausente.

Melhor e louvável seria investigar o Executivo a exaustão, como manda a regra constitucional e regimental. Levar ao julgamento do plenários suas infrações e improbidades. Quem vive de indicação e de posar o lado do Executivo em entrega de obras é fisiologista da pior espécie entre as categorias deformadas da politica parlamentar.

Como a natureza do vereador é ficar vergado ao Executivo por meio de cabide de emprego e outras benesses, exceções, de mais valia seria monitorar a satisfação do honesto homem do campo e suas demandas.