O denunciado é o ex-secretário municipal Weydson Ferreira do Nascimento. Ele foi apontado pelo deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) como líder de um grupo suspeito de fraudar a licitação da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim com a empresa SQL Tecnologia e Serviços Eireli. Esse contrato resultou na atualização da Planta Genérica de Valores (PGV) que majorou escandalosamente o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) no município. Fora a incidência do aumento no valor do imposto, a quantia paga para a empresa é suspeita de manter com propina uma rede de corrupção.

 

 

 

Na representação protocolada no Ministério Público e na Câmara Municipal é mencionada a participação de outros agentes políticos e servidores no caso que movimentou cerca de R$ 12 milhões dos contribuintes cachoeirenses.

 

 

 

O grupo tinha como principal articulador o ex-secretário municipal de Governo Weydson Ferreira do Nascimento, que se dizia e apresentava como homem do Governo do Estado na Prefeitura de Cachoeiro e que, atualmente, comanda a diretoria Administrativa da Cesan, responsável pela gestão financeira e de licitações dessa autarquia”, em trecho afirmou o deputado.

 

 

 

Weydson ocupa desde 16 de janeiro de 2019 o cargo de diretor administrativo na Cesan, quando deixou a Prefeitura de Cachoeiro, para ganhar um salário de R$ 30 mil ao mês. Ferreira foi nomeado pelo governador Renato Casagrande (PSB), para ser o responsável pelas finanças e licitações da empresa pública.

 

 

 

Ele é de Cariacica e faz parte de um grupo de forasteiros, que veio da Grande Vitória para Cachoeiro, comandar pastas estratégicas, nos quesitos, recursos financeiros e de decisão política.

 

 

 

Sempre foi amplamente sabido na Prefeitura e no meio político, que o prefeito Victor Coelho (PSB) não movimentava uma caneta sequer, sem a anuência de Weydson.

 

 

 

EVIDÊNCIAS

 

 

 

Logo após a assinatura do Contrato nº 164/2019 com a empresa SQL., de forma suspeita, o então secretário de Fazenda, Eder Botelho Fonseca, que é servidor efetivo do município, foi substituído. Para seu lugar é nomeado Márcio Correa Guedes, oriundo de Vitória.

 

 

 

Foi Márcio, assim que, tomou posse, assinou o 1º e 2º aditivo no contrato, posteriormente, que elevaram em mais de R$ 2 milhões o alto valor que já seria pago à empresa.

 

 

 

Coincidência, ou não, os servidores comissionados Lorena Vasques Silveira e Cláudio José Meio de Souza, que atuaram diretamente no referido processo licitatório, foram elevados aos cargos de secretária de Administração e secretário de Governo, respectivamente. Esses dois servidores, ela de Vitória e ele da Serra, também são citados nos autos como membros do tal grupo político indicado para a gestão do Coelho.

 

 

 

Ferraço pediu ao Ministério Público as quebras dos sigilos bancários e telefônicos dos envolvidos.

 

 

 

MESMO FORA ELE MANDA

 

 

 

Afirma o denunciante que tem informações que Weydson mesmo na Cesan, continua a ”ditar as regras e licitações da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim.”

 

 

 

Em outro trecho diz ”O grupo político tomou de assalto a Prefeitura Municipal, em diversas áreas de atuação, principalmente junto às secretarias de Educação, Saúde, Segurança Pública, Finanças, Licitação, Iluminação Pública, Limpeza Pública e outras, com possíveis direcionamentos de contratações de serviços e compras, em especial: manutenção de energia elétrica, obras em execução, coleta de lixo, alimentação escolar, compra de remédios, contratos de pagamento mensal.”

 

 

 

 

Corroborando com a denúncia de Ferraço, já foram registradas imagens, em momentos anteriores, de secretários indo em Vitória, para encontros Weydson, mesmo ele já fora do governo municipal.

 

 

 

 

VEJA A REPRESENTAÇÃO NA ÍNTEGRA