A Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira (3), um míssil balístico intercontinental em direção ao mar do Japão. Detectado pela Coreia do Sul, o lançamento foi apontado como “fracassado”. Entretanto, o ato desencadeou um alerta em várias regiões do Japão.

Em seguida, pelo menos mais dois mísseis de curto alcance foram disparados pelo país comunista. O primeiro dos mísseis lançados ativou o sistema J-Alert do Japão, que foi transmitido nas províncias de Niigata, Yamagata [ambas na costa do mar do Japão], e Miyagi [nordeste], que pediu as moradores das regiões que procurassem refúgios. Entretanto, o Ministério da Defesa japonês acrescentou posteriormente que o míssil, que caiu no Pacífico, de acordo com a Guarda Costeira, não sobrevoou o arquipélago.

O ministro da Defesa japonês, Yasukazu Hamada, afirmou à imprensa que a trajetória do primeiro míssil indicava que passaria sobre o arquipélago, mas que o projétil “desapareceu do radar” ao sobrevoar o mar do Japão e que está em curso uma análise mais aprofundada.

“O Exército da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] detectou hoje, quinta-feira, 3 de novembro, o lançamento do que parece ser um míssil balístico de longo alcance da área Sunan, em Pyongyang, por volta das 7h40 da manhã [19h40 de quarta-feira no horário de Brasília] rumo ao mar do Leste [nome dado nas duas Coreias para o mar do Japão]”, informou a Coreia do Sul. “O lançamento de um ICBM pela Coreia do Norte pode ter terminado em fracasso”, completou. Apesar do fracasso, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, condenou o lançamento do ICBM norte-coreano e pediu a todas as nações que reforcem as sanções contra Pyongyang, alegando que o regime violou as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Segundo o governo da Coreia do Sul “a capacidade do míssil balístico de longo alcance era de quase 760 km, uma altura de 1.920 km e uma velocidade de Mach 15”, equivalente a 15 vezes a velocidade do som. O disparo faz parte de uma série recorde do atual regime da Coreia do Norte em um único dia, que no dia anterior, lançou cerca de 20 projéteis. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ainda descreveu como “intolerável” a última série de lançamentos do país.