O caso da transferência da maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro-ES ao final do ano passado continua causando polêmica. A FOLHA levantou o debate defendendo a recredenciamento da maternidade, sem subtrair o atendimento do Hospital Infantil, mas com isonomia de recursos para atendimento à Saúde da mulher carente.

A vereadora Renata Fiório (PSD), ao ler a matéria opinativa, agiu com deboche e, achando entendida no assunto e sobre as manobras de bastidores, fez afirmativas agudas em grupo de WatSapp, descartando qualquer possibilidade de reabertura da maternidade na Santa Casa e exaltando o Hospital Infantil como a melhor alternativa e aceitando como normal o descredenciamento do hospital centenário.

A parlamentar municipal se apresentou com autoridade sobre o tema, justificando em argumentação os seguintes pontos como positivos para se manter a maternidade do Infantil e não, também, na Santa Casa. 

Ponto de vista da Vereadora:

Primeiro: Renata Fiório (PSD) se conforma em defender que a diretoria da Santa Casa foi quem desistiu do serviço, sem fundamentar os motivos, como católica e representante do hospital na maioria de suas falas da tribuna da Câmara;

Segundo: A vereadora afirma de forma categórica que a Santa Casa desistiu da maternidade porque optou por ampliar o espaço para casos de paciente traumáticos;

Terceiro: A parlamentar afirma, categoricamente, que o Plano Diretor Municipal (PDM) não aprovará ampliação para a construção de uma UTI neo-natal na Santa Casa de Misericórdia;

Quarto: Renata demostra amplo conhecimento dos projetos do Hospital Infantil. Frisa que o HICI tem recursos para receber ou prometidos para reformar o Hospital Aquidabam, que há 17 anos continua estático, mas não explica em que tempo isto se dará e quanto de recursos carecerá para seu funcionamento além da reforma;

Quinto: A vereadora se apresenta, assim, expostamente nas redes, como se fosse uma lobista em favor do Hospital Infantil sem pensar na Saúde da Mulher carente.

A FOLHA continua defendendo o formato de mais maternidades - são cerca de 350 mulheres no sul do Espírito Santo. Tem conhecimento de que o diretor da Santa Casa, padre Evaldo Ferreira, foi forçado a entregar a maternidade por falta de recursos suficientes para mantê-la, cerca de 300 mil, mas que não abriria mão se recebesse os R$ 800 mil conveniados no dia 28 de dezembro de 2018, último dia útil do governo Paulo Hartung.

A FOLHA entende que hospital filantrópico não é para dar lucro e sim atender na medida certa as mulheres pobres. Construir uma UTI infantil na Santa Casa sai mais em conta do que fecha toda maternidade. Imagina uam gestante que venha a ser vitima de uma acidente. Dependendo do grau dos ferimentos tem de escolher: salva a criança no Infantil ou salva a mãe na Santa Casa, quando ambos poderiam ser salvos no hospital geral como a Santa Casa.

A política praticada pelo diretor do Hospital Infantil, Jailton Pedrozo, é aguda, ousada e mercantilista, bem conhecida no mercada da Saúde, inverteu os valores sobre o caso do fechamento da maternidade da Santa Casa. Diretor de hospital filantrópico não é cargo e nem função para enriquecer.

Opinião: o padre foi enganado, por pureza de propósito. Enquanto a Unimed está construindo o hospital mais moderno do Brasil; O Evangélico já prospecta o Hospital do Câncer, além de abrigar maternidade e Instituto do Coração. Por outro lado, se não levantarem vozes da sociedade, a Santa Casa, que já foi um dos melhores hospitais do Espírito Santo, pode virar apenas uma unidade de Saúde.

A vereadora entra nessa bola dividia sobre as melhores opções para atender a Saúde da Mulher Carente, justamente, na Semana Internacional do Dia da Mulher. 

A verdade sobre o fechamento da maternidade da Santa Casa de Cachoeiro-ES virá à tona a qualquer momento.

*Somente para os leigos. O conteúdo é um artigo opinativo do jornalista Jackson Rangel Vieira e não uma matéria factual.