O efeito comparativo é inevitável. O ex-governador Paulo Hartung (Sem Partido), em quatro mandatos, teve uma relação equilibrada com a Liberdade de Imprensa e respeito ao Livre Pensamento. Suas reações às críticas ou denúncias se limitavam ao enfrentamento no discurso e no contradito sem atacar as liberdades individuais e institucionais.

Ao contrário, por motivos desconhecidos do comportamento raivoso, o governador Renato Casagrande (PSB) criou com o dinheiro público um sistema policialesco para judicializar e criminalizar a opinião dos internautas e dos veículos independentes. Aos poucos, com essa agressividade, o Palácio Anchieta está ganhando a alcunha de "Castelo do Ódio".

Renato Casagrande do "diálogo" foi abduzido. Ficou aqui na terra o governador faccioso, desinteressado em aprender com as críticas e com  as denúncias para como líder que deveria ser expurgar o que há de pior na sua governança. A gestão, com esse estilo da "Gestapo", está infectada, pois joga luz sobre o pior do seu colegiado.

O governador tem sido obstinado em agredir sem o instrumento da retórica os opositores da direita e de outras cores partidárias, com ausência de autocrítica, produzindo e incentivando sua assessoria a um comportamento histérico, afeitos a reações de medo e espectral. Não tem controle sobre os seus subordinados do primeiro escalão, do segundo e nem do terceiro.

Como cancro, um tipo de complexo de inferioridade vai avançando no "Castelo do Ódio". Fantasmas assombram o Palácio. A cada ataque do PSB aos movimentos legítimos da oposição e aos meios de comunicação alternativos e independentes, redes sociais,  o Chefe do Executivo do Espírito Santo se apequena .

Logo, seu antecessor no quesito respeitar as pluralidade de ideias, permanecerá no inconsciente coletivo dos capixabas mais enaltecido do que antes. Casagrande está sendo, no momento, o maior cabo eleitoral da Direita de Bolsonaro e do retorno do movimento, ainda silencioso, do "Paulo Volta". Tudo isso, por causa do desapontamento precoce dos capixabas com o governador que desgostou de dialogar e de crescer com os próprios erros.