A FOLHA DO ES registrou semana passada uma fala do vereador Ary Corrêa (Patriota) que chamou atenção dos leitores. "A Câmara de Cachoeiro de Itapemirim não é mais um puxadinho do prefeito", assinalou em vídeo no calor da discussão sobre o aumento abusivo do IPTU.

Se por arroubo ou não, o parlamentar municipal não exprimiu a verdade. A grande parte, inclusive ele que é vereador de bairro, continua rendida ao Poder Executivo como necessidade de sobrevivência política, seja por indicação de cargos ou carência de obras nos redutos.

Sobre o debate do IPTU, a Câmara pouco pode fazer, pois não pode versar sobre matéria financeira ou tributária. A solução está integralmente sob os auspício do prefeito Victor Coelho (PSB) de fazer um decretou ou enviar outro projeto de lei mantendo o mesmo valor do IPTU de 2020. A pressão politica é válida, mas não tem efetividade se o Executivo não ceder.

Sobre a criação de uma Comissão Especial de Investigação ou Inquérito para apurar suspeitas de anomalias na realização das revisões do cadastro imobiliário pela empresa SQL que já recebeu R$ 11 milhões, não acontecerá. Não se consegue, para tanto, o mínimo de sete assinaturas. É a prova de que o Poder Legislativo continua um "puxadinho" do Executivo.

A última tentativa de se criar uma CEI foi na Legislatura passada quando se recolheu 10 assinatura para apura a legalidade da concessão da BRK ambiental. Não deu certo. Vereadores retroagiram e até sumiram com o protocolo do requerimento que pedia investigação sobre o fato determinado descrido na época.