O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pelo seu discurso, coloca ponto final na medição de forças entre os três poderes. Anunciou a reunião do Conselho Nacional da República para discutir os limites de cada Poder Constituído, com condicionamentos: a revogação dos atos do ministro Alexandre de Moraes (extinção de processos contra a Liberdade de Expressão e a soltura de todos os presos políticos, assim com denominou.

Fala-se em ruptura, entretanto, tirando a classificação de "canalha" imprimida por Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, todos os atos do Presidente da República e dos milhões de brasileiros não saíram do previsto da Carta Magna. O Conselho Nacional, criado no governo de Collor de Melo, tem o poder de atender os anseios deste 7 de Setembro, considerada uma Nova Independência.

O Conselho Nacional, previsto para se reunir amanhã, com a pauta estabelecida pela manifestação pacífica - nenhum ato de vandalismo registrado - pode estabelecer Estado de Sítio, Estado de Defesa e intervenção federal; e até convocar nova constituinte, bem como desfazer a votação da Câmara Federal contra o voto auditável, um ato contra o próprio Alexandre de Moraes que substituirá o ministro Luís Roberto Barroso, na presidência do TSE.

A verdade, independente de múltiplas narrativas da própria Imprensa no campo ideológico, o presidente Jair Bolsonaro provou sua popularidade e torna pífia e tacanha os pedidos de alguns governadores e presidentes de partidos o "impeachment" do Chefe do Executivo. Demonstra antes um certo medo por parte dos atores políticos com o tamanho imensurável da manifestação prol Bolsonaro em todo Brasil.

Fazem parte do Conselho Nacional o presidente da República, o seu vice Hamilton Mourão; os presidentes dos três poderes e quatro cidadãos comuns indicados pela Câmara Federal e pelo Senado. Para evitar um estado de sítio ou intervenção, pelo discurso do presidente, a revogação dos mencionados atos do STF de inquéritos e prisões ou atos de censuras, de forma diplomática. Supremo está sem saída.

Jair Bolsonaro saiu fortalecido do movimento de 7 de Setembro, surpreendendo, inclusive, os mais céticos politizados sobre o tom do recado que seria dado pelo presidente e pelo próprio povo. 

Em síntese: estabelecimento da ordem ou uma guerra civil.