O PT retirou a competitiva candidatura do Senador Fabiano Contarato (PT) para apoiar a reeleição de Renato Casagrande (PSB). Porém, é tratado como amante: o governador quer se deliciar do partido, mas não andar de mãos dadas.

Contarato aparecia em 2º lugar sem nem fazer campanha e restaurou o orgulho da militância petista. Quando o PT insistia na candidatura própria, Casagrande e aliados chegaram a dizer que o partido fazia até "pacto com o diabo" para ganhar eleição. Palavras deles.

O PODEMOS, por sua vez, assiste seu candidato ao Senado, Coronel Ramalho, ex-Secretário de Segurança bem avaliado, sendo totalmente esvaziado por Casagrande, que caminha para apoiar a candidatura natimorta de Rose de Freitas (MDB).

Ramalho se mostra competitivo, é novidade, preparado e goza de boa reputação, enquanto Rose foi alvo de Operação da Polícia Federal por corrupção na Codesa, com prisão de seu irmão. Ela só tem a oferecer o MDB a Casagrande, um fantasma que ele criou desde o início do mandato, por medo de Paulo Hartung. 

PT e PODEMOS também têm em comum nomes fortes para as chapas de Deputados Estaduais e Federais, como Helder Salomão (PT), Iriny Lopes (PT), João Coser (PT), Marcelo Santos (Podemos), Gilson Daniel (Podemos), dentre outros. Mas que também não foram fortalecidos por Casagrande. A máquina pública segue atuando criminosamente para seus operadores sem voto, como Tyago Hoffmann. E desorganizando a própria base aliada de deputados em seus redutos.

Não se pode justificar o quadro de PT e PODEMOS no Espírito Santo com acordos feitos em outros Estado do Brasil, como São Paulo: o PSB retirou a candidatura a governador de Márcio França para apoiar Fernando Haddad, mas em troca o PT vai apoiá-lo para Senador. Houve compensação e o PSB paulista agora tem chances reais de eleger França Senador por SP.

Nesse quadro capixaba, PT e PODEMOS se entregaram sem nenhuma contrapartida a Casagrande, que virou a criptonita dos dois partidos. Resultado: se tornaram NEM-NEM, nem Vice nem Senado. 

Segue o baile.