O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim-ES, Victor Coelho (PSB) apresenta sintomas graves de desvio de conduta ao se atrever, em plena pandemia do coronavírus, tomar por decreto os recurso do fundo da Saúde sob até então à responsabilidade da secretária da área, Luciara Botelho, como tem de ser.

Surpreendentemente, o decreto publicado hoje (25), retira o fundo da Secretaria Municipal da Saúde e coloca como propriedade do sub-secretário da Fazenda e do próprio titular, além do prefeito municipal, únicos autorizados a movimentar a conta. A jogada coloca em suspeita o trio.

Se a secretária da Saúde não tem competência para ser responsável pela verba pública de sua pasta, o mais pertinente e comum é substituir a assessora. Contudo, não é questão de inaptidão para o exercício pleno do cargo. Existem intenções ilegítimas para tanta ousadia, assim procederam com o fundo da Agersa que obrigou o titular Vilson Coelho abandonar o cargo para não compactuar com essa trama.

O prefeito Victor Coelho tem se submetido ao mais baixo patamar do submundo da política e da governança montada por ele e os secretários estrangeiros como o próprio Secretário da Fazenda, Márcio Correia Guedes (tomou posse no dia 18 de fevereiro), importado da Grande Vitória, para fechar o cerco sobre a circulação dos recebimentos e pagamentos. Rodado, deve cumprir a missão a que foi comissionado em perfeita inteiração com os interesses desse tipo de gestão.

A secretária da Saúde, Luciara Botelho, é um dos melhores, raros, da atual administração. Seus inimigos velados não valem nem menção, são como Demônios da Tasmânia. Victor Coelho está demonstrando, aos poucos, quem de fato é o seu tutor nas práticas mais nefastas que um homem público pode se submeter. 

Só um fato é inequívoco: a secretaria de Saúde não permitiria nunca a manipulação do dinheiro publico para fins eleitoreiros e nem para negociatas ou malversão sob seu zelo.