Sessões de cinema têm proporcionado um pouco de distração a pacientes em tratamento contra a Covid-19 na Unimed Sul Capixaba, em Cachoeiro de Itapemirim. A ação teve início neste mês como forma de apoiar as pessoas que estão isoladas nos leitos, lúcidas e se recuperando da doença.

 

Os pacientes internados são comunicados sobre a iniciativa e os que demonstram interesse recebem um pendrive com uma seleção de filmes de gêneros variados, indo da comédia ao drama, para que escolham a obra cinematográfica de sua preferência para assistir no aparelho de tevê. Há ainda um plus: pipoca para os espectadores que não possuem restrição na dieta. 

 

Ação similar acontece desde o início do ano passado, beneficiando crianças, adultos, idosos e novas mamães. Mas, com a pandemia, foi estendida às pessoas que estão em tratamento da Covid-19. "O nosso objetivo é fazer com que o período de hospitalização ocorra de forma mais leve, contribuindo para que o doente fique mais tranquilo e menos angustiado com o isolamento", afirma a diretora Técnica do Hospital Unimed, Fabiana Garcia Piovezan Coelho.

 

No momento, a sessão de cinema acontece somente para os pacientes internados na ala reservada no Pronto Atendimento do Centro de Cachoeiro, onde é dada a assistência aos casos menos graves de Covid-19. A equipe estuda, agora, a possibilidade de levar a ação também para o Hospital Unimed na Rodovia Cachoeiro x Safra, com o intuito de favorecer os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

 

A pedagoga Janaína Coelho de Souza (foto de capa), de 40 anos, está internada em tratamento contra a Covid-19 desde o último dia 23 de junho. Procurou o hospital depois que começou a sentir dor de cabeça, coriza e dor nas costas, seguido de falta de ar. "Gostei muito da oportunidade de ver filmes para ajudar a passar o tempo. A gente fica muito tempo sozinho. A sessão alivia bastante a sensação de solidão", elogia Janaína, que é moradora de Cachoeiro de Itapemirim.

 

Para o caminhoneiro Wesley Silva Bernardino, de 40 anos, a sessão de cinema o fez até esquecer que estava internado por algumas horas. "O tempo passou e eu realmente não percebi. Só tenho a agradecer aos profissionais por toda a assistência que recebi. Fui muito bem acolhido e me senti até como se estivesse em casa", afirma Wesley, que está curado da doença e recebeu alta na última sexta-feira, 26 de junho.

Já a repositora de supermercado Ana Gabrielle Cruz Dutra de Oliveira, de 32 anos, procurou a Unimed depois de apresentar dor nas costas e falta de ar. Antes, já estava sofrendo com a febre alta. "Fui internada depois de fazer um raio x e uma tomografia. O diagnóstico de Covid-19 me deixou muito preocupada pelo fato de ser diabética. A gente realmente acha que vai morrer. Mas estou me recuperando bem. Estou impressionada com a organização e o atendimento dos profissionais do hospital", ressalta. 

Ela, que assistiu dois filmes na sessão de cinema, diz ter aprovado a iniciativa. "Assim, a gente deixa um pouco de lado o celular e a TV. Também gosto muito de ler e, como cultura só faz bem, sugeri para que também passem a disponibilizar livros para os pacientes", diz.