A Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (23), mandados de busca e apreensão em locais de Vila Velha, na Grande Vitória, ligados a empresários suspeitos de um esquema de adulteração de cerveja.

A suspeita é que os empresários vendiam cervejas mais baratas com rótulos de marcas mais caras, causando prejuízo aos consumidores.

Diversas garrafas de cerveja foram recolhidas para serem analisadas em laboratório.

"Nós identificamos que existe uma organização criminosa que ela atua no estado do Espírito Santo. Essa organização tem pelo menos três empresários que fazem parte dela no Espírito Santo e mais dois que fazem parte dela distribuindo isso nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo" , disse o delegado Eduardo Passamani.

 

As cervejas eram comercializadas em bares e distribuidoras do município. Os donos dos estabelecimento que faziam a venda podem estar envolvidos no esquema.

 

"Nessa ação de hoje nós cumprimos seis mandados de busca e apreensão. Foram três mandados na casa dos empresários e três mandados nos locais onde funcionavam as empresas que estariam envolvidas no esquema. A intensão é responsabilizar os culpados e se for o caso levar eles para a cadeia", explicou o delegado.

 

De acordo com a polícia, a iniciativa da operação neste momento foi inibir a ação de falsificadores, especialmente em um momento que o consumo de bebidas aumenta, como a Copa do Mundo e as festas de fim de ano.

 

A cerveja falsificada no Espírito Santo também era enviada pra São Paulo e Rio de Janeiro. os envolvidos não foram presos, mas devem responder por fraude fiscal e também outros crimes.

O delegado dá algumas dicas de como o consumidor pode ficar atento e não comprar produtos adulterados.

 

"Quando ele pede uma cerveja ele pode tentar olhar a rotulagem. A rotulagem diz muito sobre um produto. Se o rótulo tá saindo, tá amassado, tá colado de forma diferente. A tampa tá amassada com ferrugem, algum indicativo ali, não compra, não consuma aquele produto", reforçou o delegado.

 

Essa foi a segunda fase da operação, que já prendeu oito pessoas em junho deste ano. As empresas responsáveis pelas marcas das cervejas também são vítimas desse esquema. Na época, foi divulgado um vídeo pela Polícia Civil mostrando como era feita a adulteração das cervejas falsificadas apreendidas em um galpão.