Uma criança de 9 anos foi estuprada e morta, na noite desta última quarta-feira (15), na Zona Sul de Macapá. A vítima, Sarah Lopes da Costa, era aluna da Escola municipal Wilson Malcher, no Bairro Jardim Equatorial.

Um primo da vítima, identificado como Ualefe Oliveira de Souza, de 28 anos, assumiu a autoria do crime e ainda levou os policiais do 1º Batalhão da PM do Amapá até o local onde havia cometido o assassinato e escondido o corpo.

O autor do vrime foi preso depois que militares desconfiaram da história que havia contado de que viu um carro preto rondando a região. Entretanto, os policiais já haviam averiguado câmeras residenciais e comerciais da região e a história não batia. Então, suspeitaram dele.

Antes de ser conduzido à delegacia, Ualefe ainda relatou aos policiais que seu vizinho, Jonhnatan dos Santos Almeida, de 36 anos, que é deficiente físico, presenciou o crime. Ele também levou a polícia até a casa de Jonhnatan, que estava dormindo e acabou preso.

 

MOMENTO DA CHEGA DO ACUSADO À DELEGACIA

 

O corpo de Sarah foi achado sem calcinha, jogado em meio a um matagal, entre a travessa C e a Rua do Canal do Bairro das Pedrinhas, nas proximidades da casa onde morava com os pais.

A criança não era vista desde as 16h, mas a famíliatinha esperança de encontrá-la com vida, pois ela era acostumada a brincar pelas ruas próximas de casa.

A notícia da morte da criança e como ela foi assassinada logo se espalhou e a polícia precisou retirar os suspeitos imediatamente do local para não serem linchados. Eles foram levados à DCCM.

De acordo com o delegado Ronaldo Entringe, que está à frente do caso, Ualefe aproveitou-se da confiança que tinha por ser primo da vítima e a levou para o final da rua, com a promessa de empinar pipa junto com ela no local.

Lá, teria cometido o estupro e depois asfixiado a vítima, estrangulando o pescoço com as próprias mãos até a morte – com Jonhnatan presenciando tudo.

Segundo o delegado, por ter assistido a tudo, o vizinho também foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável e homicídio qualificado, porque ele poderia ter agido para tentar evitar o crime, mas teria optado por nada fazer.

A vizinhança inteira havia se mobilizado para procurar a menina“Desde o início ele sabia o que iria acontecer: que a criança estava sendo levada ali para ser estuprada e morta. Ambos foram indiciados pelos mesmos crimes”


Segundo o delegado Entringe, para afastar suspeitas, Ualefe foi à igreja após estuprar e matar a prima, como se nada tivesse acontecido. E, após o culto, ainda saiu à procura da vítima junto com os familiares.

“É o comportamento de pessoa de sangue frio, que não tem sentimento, nem remorso”, comentou o delegado.

Ualefe e Jonhnatan serão encaminhados à audiência de custódia ainda nesta quinta-feira (16), onde a Justiça decidirá se continuam presos ou se responderão ao crime em liberdade. 

 

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