A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta sexta-feira (2), uma operação para prender Bruno Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga, os dois suspeitos do assassinato do ator Jeff Machado. Equipes da Band Rio acompanham o cumprimento dos mandados expedidos pela Justiça.

O pedido de prisão temporária de Jeander e Bruno foi acatado após avaliação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

A Band conseguiu registrar o momento em que o Jander foi preso. Em depoimento, ele confessou a participação no crime e disse que um suposto miliciano, chamado apenas de “Marcelo”, teria matado Jeff.

Segundo o depoimento de Jeander, Marcelo teria enforcado Jeff e coagido os dois suspeitos a ocultarem o corpo. A polícia, porém, não acredita na versão e sugere que o suposto miliciano nunca existiu.

Já Bruno, produtor amigo de Jeff que alugou a casa onde o corpo foi encontrado, é tido como foragido. As autoridades cumprem mandados em quatro endereços ligados aos suspeitos, todos na zona Oeste do Rio.

 

Os suspeitos

Produtor, Bruno mantinha relações profissionais com a vítima. Um vídeo mostra que o suspeito frequentava a casa do ator. A gravação foi feita pelo irmão do Jeff.

Bruno também ficou com os cartões bancários da vítima. Jairo Magalhães, advogado da família, aponta que R$ 5 mil foram gastos após o desaparecimento.

Bruno acompanhou a família do ator à delegacia para fazer o boletim de ocorrência de desaparecimento.

Jeander é garoto de programa e mantinha relações próximas com Jeff, segundo apontam as investigações. No depoimento, ele confessou ter ocultado o corpo da vítima com o auxílio de Bruno, a mando do suposto miliciano.

A versão de Bruno é semelhante à de Jeander. O produtor não compareceu à delegacia, mas entregou por escrito um depoimento, ocasião em que também citou “Marcelo”. Imagens mostram o momento em que o suspeito pediu perdão aos familiares de Jeff.

“Eu estou gravando esse vídeo, primeiro, com o intuito de trazer um pouco de paz para a maior dor da família do Jeff e para me livrar de todo esse peso na consciência e responder judicialmente pelo que cometi”, disse.