O homem de 34 anos preso após ser flagrado por policiais militares estuprando a vendedora de uma loja, em Jardim Camburi, Vitória nesta terça-feira (4) foi diagnosticado com sífilis e já esteve preso entre maio e junho deste ano pelo mesmo crime. 

As informações foram confirmadas na manhã desta quarta-feira (5) pela Polícia Civil e Secretaria Estadual de Justiça (Sejus).

“[Ele] passou por teste viral, onde ficou constatado que era reagente para a sífilis. A vítima fez exame de corpo de delito, passou por tratamento ambulatorial e pelo acolhimento da Assistência Social da Polícia Civil”, informou a corporação.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, além do cumprimento de mandado de prisão, o homem foi autuado nos crimes de tentativa de roubo, ameaça, lesão corporal, estupro, exposição a perigo de contágio venéreo, violência psicológica contra a mulher, registro não autorizado de intimidade sexual (por estar filmando o ato), resistência e crime de falsa identidade.

Ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana na manhã desta quarta-feira.

De acordo com a Sejus, o homem já esteve preso pelos crimes de março de 2021 a abril de 2022 por roubo. Em maio deste ano ele foi preso novamente pelos crimes de roubo e estupro. O homem foi solto no mês seguinte mediante alvará de soltura expedido pela justiça.

O crime de estupro está previsto no artigo 213 do Código Penal e prevê pena de 6 a 10 anos de reclusão para quem “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.

A vendedora foi ameaçada e estuprada dentro da loja onde trabalha. Inicialmente, os militares foram ao local para atender uma denúncia de assalto e possível cárcere privado, mas chegando ao local descobriram que a vítima estava sendo estuprada sob ameaça. Com uma faca, o criminoso coagiu a vendedora durante todo o tempo. A dona da loja notou uma movimentação estranha por meio das câmeras de videomonitoramento e acionou a Polícia Militar.

O major da Polícia Militar Isaac Rubim, disse que o homem planejou a ação e foi ao estabelecimento pela manhã para avaliar o ambiente.

“O criminoso foi na loja mais cedo, viu como estava o movimento, falou para a vendedora que iria comprar um vestido para a mãe. Voltou mais tarde, mais ou menos na hora do almoço. Havia clientes na loja. Ele esperou ficar vazia, trancou a porta por dentro e subiu para o provador com a funcionária”, relatou o major.

A vendedora contou aos policiais que ao rendê-la o homem disse que já tinha matado cinco pessoas e faria o mesmo com ela.

Além de estuprar a vítima, o homem ainda filmou o crime. Ele negou o crime e ainda tentou esconder a prova quando os policiais chegaram, mas a vendedora conseguiu recuperar o vídeo na lixeira do aparelho.

“Ele veio justificando dizendo que era amigo da moça, mas ela negou e afirmou categoricamente para os policiais que havia sido violentada e mostrou a prova disso, porque o criminoso gravou com o celular da loja todo o estupro. Ele teve o cuidado de apagar só que ficou na lixeira. Ela conseguiu recuperar e mostrou para os policiais a cena gravada do crime que cometeu”, esclareceu o major.