A suplente de vereadora e cantora trans Santrosa (PSDB), de 27 anos, foi encontrada decapitada e com as mãos e pés amarrados, em uma região de mata, na zona rural de Sinop, a 480 km de Cuiabá (MT), no início da tarde desse domingo (10/11). Até o momento, a polícia não confirmou a motivação do crime.

Santrosa tinha um canal no YouTube onde compartilhava clipes de suas músicas, no gênero pop e funk. De acordo com a Polícia Civil, Santrosa, que era uma artista transexual, havia saído de sua residência por volta das 11h de sábado (9/11) e não retornou. Familiares relataram que a vítima tinha um show marcado no período da noite, mas não compareceu.

Em 2024 ela foi candidata a vereadora nas eleições municipais pelo PSDB e recebeu 121 votos válidos. Atualmente estava como suplente. Na política, Santrosa defendia pautas voltadas ao fomento e acesso à cultura para comunidades periféricas do município em que vivia.

 

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Santrosa defendia pautas voltadas ao fomento e acesso à cultura para comunidades periféricas do município em que vivia.

Santrosa era cantora, empresária e suplente de vereadora em Sinop (MT

Imagem retirada de clipe musical da cantora, publicado há um ano

Santrosa realizava trabalhos culturais na comunidade de Sinop

“É possível ser a voz das pessoas mesmo não emplacando em números , sendo assim seguiremos firmes com nossos projetos e sonhos, se a oportunidade for concedida será executada com excelência”, escreveu a suplente nas redes sociais após as eleições. Em outra publicação Santrosa prometeu: “Logo terá um material incrível sobre a importância da cultura dentro das comunidades.”

Leia o texto na íntegra:

“A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso vem a público manifestar pesar diante da morte de Santrosa, de Sinop – MT.

 

Santrosa foi encontrada decapitada hoje (10/11), em Sinop. Associação da Parada LGBTQIA+ de Mato Grosso já acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e cobrará as autoridades competentes a apuração dos culpados por mais uma morte na população LGBTQIA+ em Mato Grosso.”