À Justiça, o PL de Valdemar Costa Neto disse que o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa 2 na eleição que o elegeu ao cargo de senador pelo Paraná, no ano passado.

As afirmações constam no processo no qual o partido pede a cassação do mandato de Moro.

O processo foi aberto no dia 23 de novembro do ano passado, mas estava sob segredo de Justiça. O sigilo foi revogado no dia 17 de janeiro.

“O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral”, disse o PL na ação.

Em nota encaminhada ao site Uol, Moro declarou que não houve caixa dois e afirmou que vai processar os responsáveis.

 

Confira a íntegra da nota de Moro:

“Eu e meus suplentes ainda aguardamos ser notificados pela Justiça Eleitoral. Daquilo que vi pela imprensa, porém, percebo tratar-se de uma ação feita em parceria pelo PL/PR e Podemos, ou seja, entre o segundo e terceiro colocados derrotados, atendendo aos interesses de uma nova eleição e do PT.

Puro desespero dos perdedores e de quem teme nosso mandato.

Vejo que o PL/PR emprestou seu nome e o Podemos entrou com os seus advogados e com documentos internos vazados ilegalmente.

Renata Abreu, Fernando Giacobo, Álvaro Dias e Paulo Martins são os responsáveis!

Todavia, nada temo. Sei da lisura das minhas ações, suplentes e fornecedores. Não houve aplicação ilegal de recursos, tampouco caixa 2, triangulação ou gastos além do limite, como sugerem provar apenas com matérias de blogs e notícias plantadas. A ilustrar o absurdo da ação encontra-se a afirmação fantasiosa de que a pré-candidatura presidencial teria beneficiado minha candidatura ao Senado quando foi exatamente o oposto, tendo o abandono da corrida presidencial gerado não só considerável e óbvio desgaste político, mas também impacto emocional.

Tentam nos medir com a régua deles. Mas nossa retidão moral é inabalável e inquestionável, como será novamente demonstrado.

Ao final serão processados, eles sim, pelas falsidades levantadas.

Sérgio Moro”.