O anúncio de sua desfiliação do PSB mexe com mercado político. O deputado estadual Sérgio Majeski disse ontem (27) que está de malas prontas para deixar o partido socialista. Revelou que existem um histórico de motivos pelos quais está tomando esta decisão, uma delas é a indiferença e menosprezo da direção da sigla em relação ao seu mandato e projeto eleitoral.

O parlamentar mais votado da atual legislatura, pela primeira vez, detalhou a linha do tempo em desde que ingressou no PSB. Segundo ele, foi cortejado pelo governador Renato Casagrande (PSB) com "tapete vermelho", insistência, sob argumento de que ele e demais lideranças do partido admiravam seu trabalho. "O tempo foi passando e foram se afastando de mim", enfatiza.

Razões

Segundo Majeski, ele ingressou no partido, mas manteve sua postura independente, o que ele acha ter desagradado o Governo. "Elogio quando merece e critico dentro do mesmo critério. Contudo, percebi que começaram a me rifar, o tratamento não era o mesmo", pondera.

"Primeiro eu era o candidato a senador deles em 2018. Depois, queriam colocar Magno Malta (PL) no barco. Por fim, o Cidadania entrou no processo e colocou o Marcos Do Val. Então, fui ao governador e comuniquei que estava me retirando. Pareceu-me até que ele respirou aliviado", narra.

O deputado ficou mais desapontado quando estava bem cotado nas pesquisas para disputar a Prefeitura de Vitória-ES. Também, segundo ele, não recebeu apoio e até fizeram uma prévia para impedi-lo de se candidatar, quando o partido escolheu quase por unanimidade o correligionário Sérgio Sá. Para o parlamentar, foi então que entendeu que "estão doidos para que eu saia logo".

Ele esclareceu que ainda não escolheu a sigla entre os convites feitos a ele e que pode disputar uma vaga em 2022 para deputado federal ou senado, não descartando a reeleição que seria a última opção. 


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