Uma família foi encaminhada para a realização de teste de DNA com a Clarinha, com o intuito de confirmar parentesco com a paciente misteriosa. A informação foi confirmada pela Polícia Científica do Espírito Santo. 

Segundo o órgão, até o momento, sete exames papiloscópicos deram negativo e dois exames aguardam resultados. Mas, uma família realizará um teste de DNA. 

Ainda conforme a polícia, a família não possuía o prontuário papiloscópico do suposto desaparecido. Por esse motivo, foi encaminhada diretamente ao DNA.

Clarinha foi apelidada desta forma por conta da cor de pele muito clara. Ela foi atropelada em Vitória no dia 12 de junho de 2000. No dia do acidente, ela não tinha nenhum documento de identificação. 

 

Desde a época, ela ficou 24 anos internada em coma no Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo (HPM-ES) em Bento Ferreira, e o coronel Jorge Potratz acabou se tornando o “responsável por Clarinha”.

Entretanto, conforme a Polícia Científica, caso os resultados sejam negativos e não surjam novas demandas, será feito um contato com o coronel Potratz para dar início aos trâmites judiciais de liberação do corpo de Clarinha. 

Famílias procuraram o MPES 

 

Após morte de Clarinha, algumas pessoas procuraram o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Cível de Vitória, ou a Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES) informando a possibilidade de parentesco. 

Com isso, o órgão orientou para elas enviarem à Polícia Civil, por meio de um número de Whatsapp fornecido, a documentação do parente desaparecido. Com isso, é requerido o respectivo prontuário civil, que pode ser deste Estado ou de outro, a fim de comparar com as impressões digitais da Clarinha.

"A preocupação no momento é encontrar os familiares dela, para que possam providenciar a liberação e o sepultamento digno de seu ente querido. Para tanto, porém, deverá ser aguardada a finalização dos trabalhos pela Polícia Civil", destaca o órgão. 

 

Suspeita de sequestro

 

Uma das hipóteses levantadas sobre a verdadeira identidade de Clarinha é de que a paciente seria uma bebê sequestrada no ano de 1976 no município de Guarapari.

Em meados de 2020, uma equipe composta por um perito e três papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, que atuou no Espírito Santo, tomou conhecimento do caso. Após exames faciais, concluiu que Clarinha tinha compatibilidade com a menina.

Apesar da suspeita, um exame de DNA descartou a possibilidade de Clarinha ser a menina desaparecida há quase 50 anos.

A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais, após um confronto de dados genéticos, entre a paciente internada em Vitória e a família da criança.

Em 2016, mais de 20 pessoas realizaram exame de DNA para verificar se possuíam algum parentesco com a mulher.