O julgamento que definiria a possível liberação de Daniel Alves, nesta terça-feira (19), pode ser adiado. Isso porque funcionários do presídio onde o ex-jogador está preso realizam protesto. Com isso há um bloqueio no acesso ao prédio Brian 2, em Barcelona, local de detenção do brasileiro.

A propósito, com as manifestações dos profissionais, no atual cenário há obstruções nas vias próximas. Assim não há uma quantidade mínima de funcionários para permitir o funcionamento normal. Especialmente a realização de videoconferências, deslocamento de presos para audiência. Bem como a visita de advogados. Ou seja, Daniel Alves torce para a normalização da situação até esta terça.

Vale relembrar que o Tribunal de Barcelona decidiu que o brasileiro deve cumprir prisão por quatro anos e seis meses após ser considerado culpado em caso de estupro. Apesar disso, o órgão de justiça espanhol programou uma sessão judicial para decidir se o ex-jogador pode ou não ser liberado. Isso porque a defesa do ex-jogador pediu a soltura dele até que a punição pelo crime seja confirmada.

A reunião no Tribunal de Barcelona está agendada para ocorrer nesta terça-feira (19), às 9h do horário local (5h de Brasília). A informação é da agência ‘EFE’ após apuração junto a fontes jurídicas. Daniel Alves recebeu a condenação de quatro anos e meio de prisão após ser considerado culpado por estupro de uma jovem. O episódio, aliás, ocorreu no banheiro da discoteca Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022.

A propósito, o órgão judicial de Barcelona estabeleceu ao ex-jogador como sanção, a liberdade vigiada por cinco anos depois que ele deixar a prisão. Assim como o pagamento de 150 mil euros de indenização. Além do impedimento de tentar qualquer contato ou aproximação com a vítima por nove anos e meio.

Mais detalhes do caso de Daniel Alves

Além de pedir a liberdade provisória do brasileiro, a sua advogada, Inés Guardiola, entregou um recurso que contesta a condenação. Isso porque ela questiona a circunstância atenuante alegando reparação de danos.

A defesa do ex-jogador reitera no recurso que essa questão financeira deverá haver debate posteriormente. A advogada alega que Daniel Alves pediu que os 150 mil euros da fiança fossem entregues à vítima em duas oportunidades. Contudo, a jovem descartou a indenização.

Por isso, a defesa do ex-atleta pede a reavaliação da circunstância atenuante como qualificada e não somente simples, como classificou o tribunal. Em contrapartida, o Ministério Público espanhol também entrou com recurso. No pedido, a instituição governamental solicita a exclusão da circunstância atenuante da reparação do dano.

Afinal, o Ministério Público entende que tal condição não se adequa ao caso de Daniel Alves. A instituição argumenta que o ex-jogador não teve qualquer tipo de esforço reparatório e ainda pede o aumento da pena do brasileiro.

O órgão do governo espanhol entende que a quantia para indenização se encaixa na condição financeira de Daniel Alves. Afinal, ele pagou os mesmos 150 mil euros quando a juíza de instrução estabeleceu esse valor como fiança. Isso quando em um primeiro momento o ex-jogador recebeu a notificação do processo por estupro. No caso, sem sequer assumir responsabilidade pelos atos ou pedir desculpas.