Na última semana, foi noticiada a morte do youtuber Carlos Henrique Medeiros, de 26 anos, por conta de uma overdose de cocaína ocorrida logo após o jovem fazer sexo. Apesar de laudos já terem comprovado que o sexo, em si, não foi determinante para a morte de Carlos, sabe-se que a mistura de sexo com drogas, também conhecida como chem sex, pode trazer sérios riscos.

Conhecido também como chemical sex ou sexo químico, trata-se de engatar comportamentos sexuais estando sob o efeitos de psicoativos. Em alguns casos, o sexo não chega mais a ser feito “sóbrio”, e as pessoas só transam após usarem drogas.

De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, o principal motivo das pessoas se arriscarem na prática é a busca por novas sensações. “O sexo tem seu grau de reforço, mas quando você está sob o efeito de certas substâncias, aparecem questões como maior sensibilidade e até mesmo alucinações, que potencializam o momento”, explica.

Quais os riscos?

Por mais interessante que possa parecer, o sexo químico pode ser prejudicial a quem o pratica. A depender da substância usada, o ato pode resultar no aumento dos batimentos cardíacos e levar o indivíduo a um infarto agudo ou até à morte.

Além disso, no momento da prática, é possível ocorrer a inibição de alguns “sensos” importantes, como os de perigo e responsabilidade. “Isso pode fazer com que as pessoas se envolvam em situações de risco, como a não utilização da camisinha”, exemplifica.

O especialista também alerta para os perigos psicológicos, já que as substâncias podem desencadear alguns problemas.

“Há pessoas com maior tendência a desenvolver determinados transtornos de personalidade, entre outras psicopatologias complicadas que são favorecidas pelo uso de psicoativos, como a esquizofrenia”, encerra.