Na madrugada de ontem, o site do Ministério da Saúde foi invadido por hackers e saiu do ar. A página do ConecteSUS, plataforma que mostra o comprovante de vacinas, além do  aplicativo, DataSUS e Painel Coronavírus foram afetados. Até o momento desta publicação, o site está ativo e a página e o aplicativo ConecteSUS continuam fora do ar.

Os usuários depararam com uma mensagem avisando que os dados do site foram copiados e apagados, além de informar que “50 TB de dados está (sic) em nossas mãos”. Hoje, o Ministério da Saúde expôs que “vários sistemas já foram restabelecidos e a expectativa é que os outros estejam disponíveis para a população na próxima semana”.

Se ocorreu o que os hackers disseram naquela mensagem, estão com os dados de todas as pessoas do Brasil. Isso pode dar problema de vazamento, venda, alteração de cadastro... Todo aquele problema de pessoas não autorizadas terem acesso aos nossos dados”, explicou Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19.


 

Lapsus$ Group deixa mensagem no site do Ministério da Saúde, após invasão.


O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) foram acionadas para apurarem o ataque e a pasta atua “com máxima agilidade” para restabelecer o sistema, aponta o ministério, em nota. Os riscos apontados, por conta da invasão, são a chance de perda dos dados epidemiológicos do coronavírus e no caso do Conecte SUS o acesso a informações importantes dos brasileiros, como CPF, estado vacinal, data de nascimento, entre outros. 

O coordenador da Rede Análise Covid-19 aponta que “se tiver perda dos dados de notificação de casos e óbitos, temos que torcer para que os dados nos estados continuem funcionando bem”. O ministério informa que realiza backup dos bancos de dados e que funciona para manter as informações, só que é cedo para confirmar, pois os dados podem corromper durante a importação.

A Polícia Federal já identificou a conta invasora e, como aponta a apuração da jornalista Bela Megale, colunista do O GLOBO, a investigação mostrou que dados relevantes não foram sequestrados. Conquanto, integrantes do governo apontam que houve tomada de informações.