A cheia que elevou o Guaíba a 4,64 metros, nesta sexta-feira (3), inundou a rede de esgoto do centro de Porto Alegre. Com isso, baratas deixaram as tubulações e tomaram ruas e edifícios da região.

O Mercado Público, que foi fechado em razão dos temporais, registrou a presença dos insetos. As baratas também foram vistas em ruas como a Siqueira Campos e a Mauá, próximas ao cais de Porto Alegre.

Os temporais já deixaram 39 mortos, 68 desaparecidos e 74 feridos no estado. A Defesa Civil soma 32.248 pessoas fora de casa, sendo 8.168 em abrigos e 24.080 desalojadas, na casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 351.639 mil pessoas.

O nível máximo do Guaíba chegou a 4,64 metros na noite desta sexta. A medição foi feita pela Prefeitura de Porto Alegre. A estação hidrometeorológica instalada no Cais Mauá chegou a apresentar problemas, impedindo a medição do nível da água.

Esta é a maior marca desde a enchente histórica de 1941, quando o nível chegou a 4,76 metros. Uma das comportas do sistema de proteção contra cheias se rompeu com a força das águas.

Mais cedo, a Defesa Civil emitiu alerta para inundação extrema na área, e pediu que a população evite todas regiões próximas ao Guaíba e locais de risco.

A "orientação expressa" da Defesa Civil do Estado é foi para que "os moradores, comerciantes e trabalhadores de regiões próximas às ruas Siqueira Campos, Sete de Setembro, Rua dos Andradas (rua da Praia), avenida Júlio de Castilhos e arredores evacuem imediatamente essas áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Guaíba. Quem não tiver para onde ir, deve buscar informações junto à Defesa Civil de Porto Alegre sobre os abrigos públicos disponibilizados, rotas de fuga e pontos de segurança.