Desde a noite de segunda-feira (6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encontra-se sob cuidados médicos no Hospital Vila Nova Star, localizado na zona sul de São Paulo.

O motivo da internação é um quadro de erisipela, diagnóstico feito enquanto estava em Manaus no último fim de semana. Durante um evento do PL Mulher do Amazonas no sábado (4), Bolsonaro fez um discurso com o braço enfaixado, mencionando também estar lidando com desidratação. No mesmo dia, recebeu alta hospitalar após uma breve passagem pelo hospital local.

A erisipela, uma doença inflamatória que afeta a pele e pode atingir o tecido celular adiposo, é causada por bactérias que se propagam pelos vasos linfáticos. Ela é mais comum em membros inferiores, como pernas e pés, sendo prevalente em idosos e em indivíduos com diabetes ou obesidade. A infecção ocorre geralmente mediante ferimentos na pele, picadas de insetos ou outras lesões cutâneas.

No caso de Bolsonaro, relatos próximos afirmam que ele já apresentava sinais de desidratação antes mesmo de sua viagem para Manaus. No domingo (5), foi internado no Hospital Santa Júlia, na capital do Amazonas, sem previsão inicial de alta.

Inicialmente, estava prevista sua transferência para Brasília após a internação em Manaus. Contudo, um quadro de desconforto abdominal na madrugada de segunda-feira (6) alterou os planos, levando-o a optar pela ida a São Paulo.

Por volta das 20h do mesmo dia, Bolsonaro chegou em São Paulo, onde será atendido pelo cirurgião Antonio Luiz de Macedo, médico que o acompanha desde o episódio da facada em 2018, durante a campanha eleitoral.

Os sintomas iniciais da erisipela incluem mal-estar, fadiga, calafrios, febre, náuseas e vômitos, antes mesmo dos sinais visíveis na pele. Posteriormente, podem surgir inchaço, vermelhidão, dor e aumento da temperatura no local afetado. Em casos mais graves, podem ocorrer bolhas e feridas necróticas, com risco de infecção generalizada e complicações fatais.