O Espírito Santo confirmou a circulação da variante EG.5, popularmente conhecida como Éris, da Covid-19. Três amostras coletadas na última sexta-feira (22) em pacientes que são da Grande Vitória indicaram presença da nova variante. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no início da tarde desta quarta-feira (27).

Não há informações sobre idade ou estado de saúde das pessoas, mas a pasta detalhou que os indivíduos não têm registro de viagem, condição que poderia aumentar o risco de exposição ao vírus.

Até esta quarta-feira (27), não havia qualquer informação sobre circulação da Éris no Espírito Santo. Outros estados, no entanto, já haviam identificado a presença da nova variante.

O primeiro no Brasil foi confirmado no dia 18 de agosto em São Paulo em uma paciente de 71 anos. O Distrito Federal registrou a presença da variante EG.5 no dia 24 de agosto. Já o Rio de Janeiro confirmou a transmissão local no dia 30 e agosto, e Santa Catarina, no dia 5 de setembro.

De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, os números não registram "crescimento exacerbado" apesar da circulação da nova variante.

"Os números não apontam crescimento exacerbado. Mas podemos ver um crescimento nas últimas semanas. No mês de janeiro, tínhamos muitos testes sendo feitos e muitos casos. Proporcionalmente, agora temos poucos testes, mas um crescimento de casos. Não há gravidade se olharmos para internações e óbitos", explicou.

Ainda segundo Orlei Cardoso, a Ômicron segue sendo a variante predominante entre os casos, apesar da chegada da Éris.

Vacinação bivalente abaixo do ideal

De acordo com o subsecretário, a vacinação bivalente está abaixo do que é considerável adequado. Ao todo, apenas 598.159 pessoas foram imunizadas.

"A vacina bivalente foi feita justamente para ir de encontro a variante Ômicron e também serve para a variante Éris. O que a gente percebe hoje é que as pessoas estão procurando menos a vacinação", disse.

A recomendação da Secretaria de Estado de Saúde é que todas as pessoas com 18 anos ou mais recebam a vacina bivalente. Adolescentes com idade entre 12 e 17 anos com comorbidade também podem receber a bivalente.

Já para os idosos e pessoas com comorbidades, a recomendação é que usem máscaras quando fizerem alguma viagem ou estiverem em algum local com risco de contaminação.

Quando devo tomar a vacina?

O subsecretário explicou ainda que todas as pessoas que tomaram duas doses da vacina monovalente há mais de quatro meses devem tomar a dose bivalente.

"É coisa simples. Hoje temos no estado cerca de 700 salas de vacina distribuídas em 78 municípios. Alguns são por agendamento, outros são por livre demanda. Tem município que vacina no sábado, no domingo, em shopping, então tem várias estratégias sendo adotadas. Basta verificar com o município e se vacinar", destacou Orlei.