O órgão governamental encarregado da Defesa Civil Nacional, que opera sob o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, não conseguiu transferir aproximadamente um terço dos fundos prometidos para os municípios do Rio Grande do Sul desde o ciclone extratropical que devastou grande parte do estado em setembro de 2023. Agora, esses municípios estão lidando com novas tragédias devido às intensas chuvas que têm atingido o interior gaúcho desde a semana passada.

Inicialmente, a previsão era de disponibilizar quinhentos milhões de reais para iniciativas emergenciais. No entanto, entre setembro de 2023 e abril deste ano, apenas aproximadamente trezentos e vinte e cinco milhões de reais foram repassados aos municípios do Rio Grande do Sul, o que corresponde a 65% do valor anunciado oficialmente. Essas informações foram obtidas a pedido da CNN Brasil.

Conforme divulgado pelo departamento, a falta de repasse do valor é atribuída à ausência de projetos submetidos pelas administrações municipais. Apesar de os recursos estarem disponíveis por parte da União, o ministério argumenta que sua distribuição está sujeita à apresentação de justificativas e documentos que esclareçam o propósito do uso planejado.

Até agora, o governo do estado foi o principal destinatário dos fundos liberados, recebendo um montante total de oitenta e dois milhões de reais, os quais foram predominantemente utilizados para iniciativas de emergência, tais como a compra de água, alimentos, colchões e a desobstrução de estradas.

Em termos municipais, Arroio do Meio foi o principal beneficiário dos financiamentos federais, recebendo trinta e quatro milhões e setecentos mil reais, seguido por Sarandi, com trinta e dois milhões e oitocentos mil reais, e Muçum, com vinte e três milhões e duzentos mil reais. Esses recursos foram empregados em uma gama de atividades, que vão desde a aquisição de conjuntos de higiene até a reconstrução de escolas, postos de saúde e moradias.