A crescente onda de saques e episódios de violência em várias cidades do Rio Grande do Sul, exacerbada pelas recentes enchentes, tem pressionado as autoridades estaduais a intensificar as medidas de segurança. Nos últimos dias, relatos de furtos e roubos violentos, incluindo ataques a voluntários envolvidos em esforços humanitários, têm se multiplicado, elevando a tensão nas áreas mais afetadas.

Diante deste cenário, o governador Eduardo Leite confirmou a chegada de 400 agentes da Força Nacional para apoiar as operações de segurança já reforçadas pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Com esse reforço, o efetivo em atividade nos municípios atingidos ascenderá a 944 servidores. Além disso, foi anunciado o Programa Mais Efetivo, que convocará mil policiais da reserva, com a determinação de que todos os policiais em férias ou em funções administrativas sejam mobilizados para o campo.

O quadro de calamidade pública no estado é grave. Desde o início das chuvas, que persistem há mais de uma semana, o número de vítimas e deslocados cresceu exponencialmente. Até o momento, 95 mortes foram confirmadas e mais de 159 mil pessoas estão desabrigadas, buscando refúgio em abrigos temporários ou áreas mais seguras.

O aumento dos incidentes de saque, especialmente em áreas inundadas onde casas e estabelecimentos comerciais foram abandonados, levou muitos residentes a permanecerem em suas casas, apesar do risco, por medo de roubos. Em resposta, a Brigada Militar intensificou as patrulhas e já registrou 32 prisões relacionadas ao vandalismo e atividades criminosas em várias cidades, incluindo Porto Alegre, Canoas e Novo Hamburgo.