A Vale comunicou nesta 2ª feira (29.abr.2024) ter feito uma proposta de R$ 72 bilhões para encerrar a judicialização pelos danos causados no rompimento da barragem de Mariana (MG), em novembro de 2015.

A oferta foi costurada pela ex-estatal brasileira junto com a mineradora australiana BHP. As empresas são sócias da Samarco, responsável pela tragédia no município mineiro.

Além do pagamento bilionário ao governo federal, aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios afetados pelo desastre ambiental, o acordo proposto pela Vale também inclui o pagamento de R$ 18 bilhões em “obrigações a fazer”. Caso a proposta seja aceita, a indenização total pelo rompimento da barragem alcançará R$ 127 bilhões, pois as mineradoras já aportaram R$ 37 bilhões em compensações.

“As partes buscam a liquidação definitiva das obrigações previstas no Termo de Transação, na demanda judicial do Ministério Público Federal e em outras ações judiciais de entidades governamentais relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco”, disse a companhia.

A Vale afirmou que a proposta de indenização ainda não é vinculante e que as companhias mantêm negociações com as autoridades públicas para alcançar os termos definitivos do acordo.

O rompimento da barragem do Fundão, em 2015, liberou uma onda de lama com rejeitos de mineração que matou 19 pessoas, provocou destruição ambiental no rio Doce e em cidades mineiras do entorno, além de municípios do Espírito Santo.