A Defensoria Pública do Estado do Mato Grosso pediu uma indenização de R$ 10 milhões por danos coletivos à empresa aérea Gollog e também a suspensão do transporte de animais por tempo indeterminado até que as exigências pelo caso da morte do cão Joca sejam atendidas.

Joca morreu durante um vôo no dia 22 de abril deste ano. Ele saiu do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com destino ao Aeroporto de Sinop, no Mato Grosso.

No entanto, foi colocado em um voo errado, indo parar em Fortaleza. Ao ser informado do fato, o tutor, João Fantazzini, foi para São Paulo, onde reencontraria o animal, mas Joca chegou morto a Guarulhos. A Gollog é responsável pelo transporte de cargas e encomendas da Gol.

O defensor público Willian Camargo Zuqueti, autor da ação, disse que a Defensoria Pública não está representando o tutor, mas sim os "direitos difusos e coletivos de todos os consumidores por equiparação e dos próprios animais". O tutor de Joca pode também entrar com uma ação civil individual de danos morais.

O defensor quer que a empresa aérea apresente à Justiça um relatório detalhado da falha operacional que levou à morte do cão, assim como o protocolo de segurança que passará a ser adotado caso a atividade seja retomada.

A Gol afirma que durante o período na capital cearense uma equipe da empresa desembarcou o cachorro e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo para São Paulo.

A companhia alega também que chegou a encaminhar registros para o tutor de Joca de seu animal sendo acomodado de volta na aeronave. Apesar de ter retornado a Guarulhos, o animal chegou sem vida.

A empresa aérea não se pronunciou a respeito do pedido da Defensoria Pública. Por uma falha da companhia, o animal foi embarcado no voo errado, com destino a Fortaleza. O cachorro foi então embarcado em um novo voo de retorno a Guarulhos. Após o pouso, sua morte foi constatada.