Policiais civis da Delegacia Regional de Linhares e da Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (DIPO) de Linhares, concluíram, nessa quinta-feira (17), investigações que apuraram adulteração de documentos e falsificação de assinaturas em procurações para exercício da advocacia, de presos recolhidos no sistema carcerário. Um advogado, de 35 anos, foi identificado.

As investigações tiveram início, a partir da denúncia da Secretaria da Justiça (Sejus), desconfiando das procurações apresentadas por um advogado da cidade de Linhares e que aparentavam ter assinaturas falsificadas.

De posse das cópias das procurações apresentadas pelo advogado em um presídio, policiais civis de Linhares deram início às apurações. Na oitiva realizada com oito presos que constavam procurações apresentadas pelo investigado, todos foram unânimes em afirmar que não tinham assinado os documentos e não reconheciam a assinatura.

O chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares, delegado Fabrício Lucindo, informou que as procurações foram encaminhadas para perícia grafotécnica da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), sendo constatado que as assinaturas não foram realizadas pelos internos. Além disso, em dois casos, a assinatura foi escaneada de outro documento e reproduzida na procuração.

“Ouvimos o advogado e este informou que as procurações eram verdadeiras, apesar dos laudos informarem o contrário e apesar de as pessoas que estão descritas nos documentos terem afirmado categoricamente na Polícia Civil que não assinaram nenhum documento para o advogado e que não reconheciam as assinaturas nos documentos”, disse o delegado Fabrício Lucindo.

O suspeito vai responder por falsificação de documento e o inquérito policial será encaminhado para a Justiça. Caso condenado, o advogado poderá pegar uma pena de 1 a 5 anos de prisão.