A taxa de juros do cartão de crédito voltou a subir depois de dois meses de queda e chegou a 317,5% ao ano em outubro. Já o cheque especial voltou a cair e custava 112,9% ao ano no mesmo período.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Banco Central. Esses percentuais são as médias de juros cobrados pelos bancos dos clientes que tomam dinheiro emprestado nas duas modalidades, as mais caras do mercado. 

Cartão de crédito
No mês de agosto, os juros do cartão de crédito custavam 310,2% ao ano para os consumidores. Em setembro, tomar dinheiro emprestado no cartão custava 309,7% ao ano.

Com o percentual mais recente, de 317,5% ao ano em outubro, uma dívida de R$ 1.000 adquirida agora, passará a custar R$ 4.175 em outubro de 2021 se as condições se mantiverem. Ou seja, quatro vezes mais caro do que a dívida inicial.


Cheque especial
O cheque especial, que apresentou altas nos meses de agosto e setembro, caiu em outubro e chegou a 112,9% ao ano no mês.

Nos meses de agosto e setembro as taxas de juros na modalidade foram de, respectivamente, 112,2% e 114% ao ano.

No mesmo exemplo do cartão de crédito, uma dívida adquirida em outubro de 2020, no valor de R$ 1.000, chegará a custar R$ 2.129 em um ano, caso as condições se mantenham. O valor é duas vezes maior do que o original.

Crédito consignado
O crédito consignado, uma alternativa às linhas de crédito mais caras do mercado, subiu ao valor de 19,2% ao ano em outubro após apresentar queda desde março.

A mesma dívida hipotética de R$ 1.000 tomada em outubro deste ano custará R$ 1.192, no crédito consignado, daqui há um ano.

O crédito consignado é uma das modalidades mais baratas disponíveis no mercado financeiro. Quando o consumidor contrata este tipo de empréstimo, o dinheiro é diretamente descontado da folha de pagamento do salário ou da aposentadoria.