O prazer sexual está cada vez mais em pauta e consequentemente em alta. Segundo a Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (ABEME) em 2020 houve uma alta de 12% nas vendas dos produtos eróticos e o faturamento do setor chegou a R$ 2 bilhões no Brasil. 

Esse cenário tem se mostrado animador para quem escolheu empreender no segmento. É o caso da empresárias Patrícia Endringer, que há pouco menos de dois meses lançou on-line a Privance: “O negócio tem sido um grande desafio para mim, principalmente por causa do segmento, mas como minha estrutura é on-line e todo o processo de compra dos produtos é mais discreto eu estou confiante em apostar nele e estou com boas expectativas”, comenta a empresária.  

Se com a pandemia alguns mercados perderam espaço, as lojas de produtos eróticos foram na contramão dessa realidade. A venda de vibradores, por exemplo, só entre março e agosto de 2020 subiu 50%. Além deste aumento, o público também cresceu e se diversificou, isso porque pessoas que em situações normais não usariam os produtos eróticos se permitiram a experiência.

A empresária, conta que mesmo com pouco tempo de atuação no segmento já é possível observar o interesse das mulheres mais velhas, por exemplo: “recentemente estava em um aniversário de 60 anos de uma tia e comentei que eu estava abrindo um novo negócio, expliquei que era no segmento erótico, e várias amigas dessa minha tia se interessaram e perguntaram até, por que eu não havia levado os produtos. Na hora eu fiquei surpresa, mas depois de analisar percebi que é um grande público em potencial”, explica Patrícia.

Uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh, conversou com 600 mulheres, consideradas de meia idade, 40 a 65 anos, entre os anos de 2005 e 2013, no último ano da pesquisa 85% delas continuavam sexualmente ativas, indicando um aumento no interesse pelos prazeres do sexo por parte dessas mulheres. Essa diversificação do público é um indicativo animador para o setor.
 
Ainda segundo o o portal Mercado Erótico, das 135 empresas pesquisadas cerca de 76% cresceram durante o período da quarentena, com alta média de 10% nas vendas.  Ainda de acordo com o ABEME, a expectativa é que até 2027, o mercado de sex toys possa faturar R$108 bilhões no mundo.