Com a tendência de estabilização dos casos de covid-19 na Grande Vitória confirmada pelo governo do estado, parte da população aguarda um prazo para retorno de algumas atividades nas cidades. A Sesa (Secretaria de estado da Saúde) diz estar preparando as condições para que um conjunto grande de atividades possa ser retomado no Espírito Santo, mas a confirmação vai depender do comportamento da pandemia durante o mês de julho. O secretário de estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou durante coletiva nesta segunda-feira (13) o que será preciso para o estado liberar atividades como cirurgias eletivas, consultas, atividades esportivas como futebol e até a volta às aulas.

 

Segundo o secretário, para liberar algumas atividades é preciso que os dados referentes à pandemia no estado demonstrem, ao longo de três semanas, tendências como queda no número de óbitos, diminuição do número de casos graves e ainda redução na ocupação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

 

“É preciso de fato ter sido consolidada a etapa de transmissão local. Só assim que as escolas vão retornar. Isso pode acontecer em agosto, setembro ou até em outubro. Não vamos submeter crianças, jovens e profissionais da educação a situações de risco. Vai ocorrer no momento oportuno e seguro”, afirmou Fernandes.

 

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin reforçou que as atividades devem ser retomadas quando houver de fato uma queda sustentada da doença. “A curva precisa estar inclinada com queda para termos um retorno de cirurgias eletivas e atendimentos eletivos de maneira geral. Ou até mesmo a prática de esportes, como futebol. Estamos preparando normas e protocolos para que, assim que a segurança se estabelecer, tenhamos os procedimentos definidos”, destacou.

 

Eles voltaram a dizer que no interior do estado a doença está com comportamento três semanas atrasados em relação à Grande Vitória. Para avaliar novamente o comportamento da doença, uma nota etapa do inquérito sorológico deve ser realizada na próxima semana nos 13 maiores municípios do Espírito Santo.

 

Segunda onda deve ocorrer em novembro

 

Questionado sobre um possível novo crescimento dos casos assim que liberadas mais atividades, o secretário disse que estima que uma segunda onda da covid-19 no Espírito Santo coincida com o período eleitoral, em novembro. “A segunda onda da covid-19 deve ocorrer em intensidade menor do que a primeira no Espírito Santo, porque a retomada mais ampla das atividades sociais vai acabar expondo as pessoas que estavam protegidas pelo distanciamento social ao vírus da covid-19. Isso tem ocorrido em outros países que tiveram um encerramento das atividade e na retomada passaram a ter surgimento de novos casos”, explicou.

 

Nésio lembrou que essa segunda onda é diferente do que tem ocorrido em países como os Estados Unidos, em que regiões ainda não afetadas pela doença passaram a ter crescimento da curva da casos