Com onze cidades em risco alto de contaminação do novo coronavírus (Covid-19), o governo do Espírito Santo tem, cada dia mais estruturado, o projeto de decretar lockdown. Seja por região ou municípios, a aplicabilidade da medida radical de isolamento social depende, apenas, de uma decisão do Poder Executivo estadual.

A partir da decretação de estado de calamidade pública, aprovado pela Assembleia Legislativa em março, a decisão sobre o que funciona ou não e as regras da política de enfrentamento da pandemia do coronavírus no estado capixaba são de autonomia do Governo do Estado.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, ainda que o Estado siga avançando na ampliação de leitos para os cuidados com os pacientes em casos graves, é necessário defender e praticar de forma radical o distanciamento social.

“Ele é que garante o rompimento da cadeia de expansão de uma doença que não tem vacina ou tratamento. A classificação de risco usa indicadores que mostrarão o risco extremos e a necessidade de medidas radicais, entre elas o lockdown. Colaborar para não chegarmos a isso é uma responsabilidade de todos”, destacou em coletiva na tarde de segunda-feira (25).

O índice de isolamento social está abaixo dos 50%, percentual ideal pregado pelo Governo Estadual. Na região da Grande Vitória, o fechamento total do comércio não está fora dos planos da Secretaria Estadual de Saúde.

No lockdown a circulação de pessoas só pode acontecer para atividades essenciais. Quem tiver que trabalhar em atividade considerada essencial terá que apresentar documento para circular.

O Corpo de Bombeiros Militar informa que vem trabalhando, dentro das diretrizes do Governo do Estado, com o objetivo de auxiliar no isolamento social e conscientizar a população sobre a importância de seguir os decretos de combate à Covid-19, para que não haja necessidade de bloqueio total. Caso venha a acontecer, a forma de atuação ainda será definida”, diz a nota.