A recusa ao pedido foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União e foi assinada pela Gerente-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária da Anvisa, Ana Carolina Moreira Marino Araújo.

Na semana passada, o Ministério da Saúde havia feito pedido à Anvisa para a importação de 20 milhões de doses da Covaxin.

Sem o certificado de boas práticas, a importação da Covaxin fica mais difícil. Isso porque ele é necessário para que a agência autorize o uso emergencial da vacina em território nacional.

Na justificativa para a recusa do pedido, Araújo listou uma série de descumprimentos a normas de boas práticas de produção, entre eles documentação incompleta sobre as etapas de produção e de especificações quanto ao uso de intermediários e insumos farmacêuticos ativos.

A Covaxin é representada no Brasil pelo laboratório Precisa Medicamentos, que chegou a anunciar no início do mês que havia enviado à Anvisa pedido para uso emergencial da vacina no Brasil. A agência, no entanto, negou ter recebido o pedido.

Em fevereiro, o Ministério da Saúde anunciou a assinatura de contrato com a Precisa Medicamentos para a entrega de 20 milhões de doses da vacina contra a covid-19 entre março e maio. A concretização do uso do imunizante no país só poderá acontecer, no entanto, a partir da autorização da Anvisa.

Covaxin foi criticada por atrasar dados sobre eficácia 

A Covaxin foi muito criticada na Índia pela demora em divulgar dados sobre sua eficácia. A vacina teve autorização para uso na população em seu país antes mesmo de informar os dados.

Quase dois meses após a vacina estar sendo aplicada sob a condição de “ensaio clínico” é que a Bharat Biotech divulgou dados preliminares sobre sua eficácia, que ficou em torno de 81%.

Após a divulgação dos dados, o Ministério da Saúde da Índia autorizou o uso emergencial da Covaxin.

Fonte: UOL