Cassandra Madison e Julia Tinetti se conheceram em 2013 quando trabalhavam em um bar de New Haven (Connecticut, EUA). Bastaram poucos dias no trabalho para que elas se tornassem melhores amigas.

 

 

Usavam até as mesmas roupas, parecendo irmãs. E eram. Elas sabiam que eram adotadas e tinham nascido na República Dominicana. As duas têm até uma bandeira do país caribenha tatuada. Com uma sintonia extraordinária, Cassandra e Julia resolveram fazer teste de DNA. O resultado revelou o laço sanguíneo.

 

 

“Estávamos muito unidas. Começamos a sair. Saíamos para beber, para jantar. Começamos a nos vestir da mesma forma”, disse Julia, de 31 anos, ao programa “Good Morning America”, da rede ABC. “Eu achei Cassandra legal. Nós nos demos bem de cara. Foi muito natural”, acrescentou.

 

 

 

Tanta afinidade e os insistentes comentários dos colegas de trabalho de que elas pareciam irmãs deixaram uma pulga atrás da orelha das amigas, que decidiram investigar a fundo as suas origens. Ao comparar os documentos de adoção, os dados não bateram. Neles constavam cidades distintas de nascimento e diferentes sobrenomes. Mas a dupla não se deu por satisfeita.

 

 

Após rastrear a família original, Cassandra, de 32 anos, foi à República Dominicana e conheceu o pai biológico, Adriano Luna Collado. Ele lhe contou que uma irmã dela também havia sido adotada por família nos EUA.

 

 

“Acho que foi a coisa mais emocionante que já passei na vida”, disse Cassandra sobre o momento em que conheceu os familiares. A mãe morreu em 2015 vítima de ataque cardíaco fulminante.

 

 

O passo seguinte foi fazer exame de DNA, em janeiro, que apontou que Cassandra e Julia são irmãs.

 

 

Os pais biológicos das duas tiveram nove filhos. Sem condições financeiras de criar as mais novas, eles decidiram dá-las para adoção.

 

 

"Ele disse: ‘Foi um momento difícil para mim e sua mãe. Então, não gosto de falar sobre isso. Não gosto de pensar sobre isso'”, contou Cassandra.

“Ainda estou processando a magnitude da situação”, disse Julia. “Este é o tipo de coisa que você vê na TV. Encontrar minha família biológica simplesmente não era uma coisa que importava tanto para mim. Eu cresci numa ótima família, então eu meio que deixei como era”, acrescentou ela, que pretende nos próximos meses conhecer a família biológica na República Dominicana.